O novo Coronavírus, que causa a doença respiratória COVID-19, pode-se tornar endémico como o Vírus da Imuno-Deficiência Humana (VIH/SIDA), avisa a Organização Mundial da Saúde (OMS) – citada por “odia.com.br” -, que alerta sobre qualquer tentativa de prever quanto tempo o vírus continuará circulando e pediu um “esforço enorme” para combatê-lo.
“É importante colocar isso na mesa: esse vírus pode-se tornar endémico em nossas comunidades e nunca desaparecer”, disse o especialista em Emergências da OMS, Mike Ryan, em entrevista “online, acrescetando que é“ importante sermos realistas e não acho que alguém possa prever quando essa doença desaparecerá”.
Ainda ele, “não há promessas nisso e não há datas. Essa doença pode se estabelecer como um problema longo ou não.”
Ryan lembrou, no entanto, que o Mundo tem algum controlo sobre como lidar com a doença, embora isso exija enorme esforço, mesmo que uma vacina seja descoberta.
Mais de cem possíveis vacinas estão sendo desenvolvidas, incluindo várias em ensaios clínicos, mas especialistas têm destacado as dificuldades de encontrar vacinas eficazes contra o novo Coronavírus.
Ryan observa que existem vacinas para outras doenças, como Sarampo, que não foram eliminadas.
“A trajectória está em nossas mãos, é assunto de todos e devemos contribuir para acabar com essa Pandemia”, afirmou, por seu turno, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Entretanto, Ryan disse ser necessário um “controlo muito significativo” do vírus, para diminuir a avaliação de risco, que – segundo ele -, permanece alto nos “níveis nacional, regional e global”.
Governos do mundo estão em dificuldade com a questão de como reabrir suas economias enquanto ainda existe o vírus, que já infectou quase 4,3 milhões de pessoas, segundo contagem da Agència “Reuters”, e deixou mais de 291 mil mortos.
A União Europeia pressionou, semana passada, pela reabertura gradual das fronteiras dentro do Bloco, que foram fechadas pela Pandemia, dizendo que não é tarde demais para salvar parte da Temporada Turística de Verão e manter as pessoas em segurança.
Especialistas em Saúde Pública afirmam que é necessária extrema cautela para evitar novos surtos.
Ryan sustenta que abrir fronteiras terrestres é menos arriscado do que facilitar as viagens aéreas.
