A Organização Mundial de Saúde (OMS) previu esta semana um número menor de infecções por COVID-19 em África e um pico mais lento, após o crescente sucesso das medidas contra a infecção.
A directora-regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, disse que a revisão baseia-se no sucesso de algumas das medidas que os governos estão a implementar, como quarentena parciais, distanciamento social e higienização das mãos.
Ela disse que uma modelagem anterior desenvolvida pela OMS mostrou que os casos de COVID-19 em África atingiam o pico em cinco semanas após o primeiro caso ter sido detectado num país e que, em média, 26 por cento de toda a população do continente teria sido infectada.
“Esta modelagem foi baseada em infecções comunitárias projectadas, incluindo, especialmente as áreas rurais. Mas vimos que os governos africanos adoptaram medidas que diminuíram as infecções”, disse ela na actualização semanal online para os jornalistas.
“As infecções nas áreas rurais também são baixas. Portanto haverá um pico mais lento e um nível mais baixo de infecções do que inicialmente projectado na nossa modelagem”, disse Moeti.
A mesma fonte avançou que está a trabalhar com a Tanzânia que não divulga dados de infecções desde 29 de Abril, para fazê-lo a fim de planear a resposta apropriada.
OMS está a trabalhar em estreita colaboração com os governos de toda África para aumentar e sustentar a educação da comunidade em questões como distanciamento social e higienização das mãos, a fim de verificar infecções que hoje são em média 1500 por dia na África.
Um dos desafios identificados pela OMS é o crescente problema de acesso a alimentos em alguns países, que está a causar desnutrição e a comprometer a imunidade das pessoas afectadas.
Moeti revela ainda que a OMS está a trabalhar com uma coligação responsável pela vacina de COVID-19 e que a agência está a trabalhar com todos os parceiros para garantir que, uma vez encontrada a vacina, ela será acessível a todas as pessoas.
“A coalizão está a trabalhara para garantir a equidade no acesso à vacina. Mas os desenvolvedores, especialmente o sector privado, precisam de sentir que os seus esforços são bem-vindos”, disse ela.