São cerca de 60 cabo-verdianos retidos nos Estados Unidos da América desde o fecho das fronteiras em Cabo Verde, a 19 de Março.
O grupo alega que já está a depender da bondade de cabo-verdianos residentes no país, mas que mesmo assim já estão a passar necessidades, alguns com vistos já estão caducados e outros cujas condições médicas impõe que estejam junto das famílias em Cabo Verde.
“Da parte do governo, ainda não tivemos nenhuma ajuda ou plano para repatriar quem ficou para trás”, alegou Adriano Pascoal, cabo-verdiano residente em São Vicente.
Este terapeuta recorda que não foram incluídos no voo de repatriamento do dia 23 de Março, e que igual a ele estão outros 59 cidadãos.
Num vídeo publicado no facebook na segunda-feira, 11, Adriano Pascoal sugeria e apelava ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que aproveitasse o voo americano previsto para buscar cidadãos retidos em Cabo Verde esta quinta-feira, 14.
Sem efeito, o apelo foi reforçado esta quarta-feira,13, alegando a existência de um avião da CV Airlines em manutenção nos EUA e que poderá servir para trazer estes cidadãos de volta as suas famílias.
Sobre a possibilidade de estarem infectados, já que os EUA é um dos países afectados pelo vírus, Pascoal diz que “Cabo verde já fez vários voos de repatriamento, cerca de 400 cidadãos foram repatriados de vários países do mundo, fizeram a quarentena na ilha do Sal e na Cidade da Praia. Depois de testados ao covid-19 estão de volta as suas famílias e comunidades”, recorda.
A Nação tentou ouvir o ministério dos negócios estrangeiros e comunidades sem sucesso.