Em entrevista à TSF – citada pelo jn.pt -, o ministro das Finanças garantiu que o líder do Governo sabia que o valor estava “registado e inscrito” no OE e que, como tal, seria “cumprido e executado”.
Centeno admitiu que houve “uma falha de comunicação” com o Gabinete do PM, uma vez que a injecção de capital tinha acontecido no dia anterior ao debate quinzenal da passada quinta-feira, mas essa informação “não chegou até à altura do debate” no Parlamento.
Sobre o porquê de Costa ter pedido desculpas a Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, por ter dito que não sabia do dinheiro injectado, Centeno foi conciso: “Essa pergunta tem de ser feita ao sr. primeiro-ministro”.
O detentor da pasta das Finanças revelou, também, que sabia que Costa tinha prometido que não seria injectado mais dinheiro no Novo Banco, mas explicou que o PM se referia às outras auditorias actualmente em curso. Esta auditoria em particular decorre da Lei, esclareceu, e é obrigatória de cada vez que há uma injecção de capital.
Mário Centeno considerou que este episódio não constitui “nenhum desrespeito pelos contribuintes” e garantiu que a sua relação com Costa não sofreu nenhum abalo com este episódio, continuando a ser “de total transparência e de uma enorme lealdade”.