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Covid-19

Retoma das viagens marítimas inter-ilhas: lotação das embarcações reduzida entre 30 a 50% – Paulo Veiga

Com a retoma das viagens inter-ilhas via marítima as embarcações passam agora a transportar entre 30% a 50% da sua capacidade.

Esta medida foi anunciada nesta sexta-feira (8) pelo ministro da economia marítima, Paulo Veiga que falava à imprensa, a partir de Mindelo, durante uma conferência, onde anunciou a autorização da retoma das ligações inter-ilhas, ainda que dependentes de uma série de restrições para evitar a propagação do vírus.

“A embarcação que faz São Vicente/Santo Antão irá ter, pelo menos, 200 pessoas, e a que irá ligar São Vicente/São Nicolau/Sal irá ter no mínimo 150 pessoas”, anunciou Paulo Veiga, acrescentando que os navios e as gares terão plano de controlo sanitário e todos os portos obrigados a disponibilizar um espaço para isolamento de casos suspeitos.

Entre as medidas, está ainda o facto dos passageiros passarem, agora, a fazer check-in mediante a medição de temperatura corporal e ainda com distanciamento social de dois metros, mantido através de fitas de distanciamento nos gares e nas entradas dos navios.

A par do controlo da temperatura está também o uso obrigatório de máscaras.

“Sendo que os passageiros terão que mostrar que têm máscaras para poderem fazer as viagens, as máscaras passam a ser obrigatórias a partir do dia 25 e os passageiros têm de fazer prova disso”, disse Paulo Veiga, em declarações reproduzidas pela Inforpress. Segundo a mesma fonte, para facilitar, os postos de venda de passagens vão ter estoque de máscaras para compra.

Também toda a tripulação dos navios é obrigada a usar equipamentos de protecção individual e com espaços desinfectados com “muito mais frequência”.

O ministro da Economia Marítima assegurou ainda que a venda de bebidas alcóolicas vai ser suspensa e os armadores devem criar condições para venda de alimentação e água, a fim de evitar aglomerações nos bares dos navios.

Ainda conforme a mesma fonte será feita a descontaminação no embarque e desembarque de cargas e viaturas.

Paulo Veiga também apelou aos operadores a fazerem descontos de forma a incentivar a compra de bilhetes nas plataformas online e, assim, evitar a aglomeração nos postos de venda presenciais e minimizar os tempos de espera nas gares.

São várias as medidas a cumprir nas deslocações marítimas entre ilhas sem casos activos de covid-19  (Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, Maio, Fogo e Brava), embora, ajuntou,  “excepcionalmente poderá ser autorizado o transporte de passageiros de origem ou destino a Santiago e Boa Vista, com casos activos e ainda em estado de emergência”.

“Isto porque, em caso de emergência de saúde, terá de ser, se não for possível a transferência por via aérea, terá de ser por via marítima”, disse o Governante, que garante a tomada de todas as medidas de precaução.

Neste sentido, o Governo determina duas viagens diárias entre as ilhas de São Vicente e Santo Antão, duas semanais entre São Vicente/São Nicolau/Sal e ainda, pelo menos três semanais entre Fogo e Brava.

Quanto à ilha do Maio, esta terá ligação com outras ilhas, através de Santiago, mas, garantiu, sem desembarque no Porto da Praia.

O navio Praia d´Águada fica destinado ao transporte de cargas entre Santiago e as ilhas de Fogo, Boa Vista e São Vicente.

Questionado sobre os impactos económicos que todas estas restrições podem trazer e com necessidade de o Governo pagar indemnização compensatória à empresa concessionária dos transportes inter-ilhas, Paulo Veiga considerou não ser essa a prioridade, por agora.

“A saúde vem em primeiro e é a nossa prioridade, iremos analisar os impactos, claramente que irão ter, mas é um custo que o estado terá que assumir”, sublinhou o governante, para quem estas medidas estão a ser tomadas para evitar a circulação do vírus.

Por esta mesma razão, segundo a mesma fonte, apela-se aos passageiros para limitar as viagens ao “indispensável e ao mínimo necessário” e que “cada cabo-verdiano faça a sua parte”.

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