Um pouco por todo o mundo, em diferentes continentes, vários governantes, sejam primeiros-ministros, presidentes da república e ministros, entre outros gestores públicos estão a reduzir os seus salários ou a doar uma percentagem para ajudarem os seus países a terem mais condições financeiras para enfrentarem a pandemia da Covid-19.
Em África, no Burkina Faso, o presidente da república cedeu 6 meses do seu salário para o fundo de apoio à Covid-19. Também o primeiro ministro cedeu quatro meses do seu salário e os ministros do Estado dois meses.
Já no Ruanda os ministros e altos funcionários do Estado doaram um mês dos seus salários. Igual gesto, ainda que mais modesto, teve o presidente do Malawi que cortou 10% do seu salário para fazer face à pandemia.
Na Nova Zelândia os políticos deram aquilo a que se pode chamar de um bom exemplo de cidadania baixando os seus salários em 20% nos próximos 6 meses.
A primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, a líder feminina mais jovem do mundo, anunciou a medida na última semana.
Também no Uruguai, o presidente da república e os ministros e parlamentares reduziram os seus salários em 20%. O mesmo na Aústria doaram um mês dos seus salários para o país fazer frente aos impactos e desafios da doença.
Igualmente na Bulgária, deputados e membros do Governo doaram parte do seus salários para o Ministério da Saúde dos seus países, num valor estimado em um milhão de euros.
Esta onda mundial de redução de salário de governantes ou gestores públicos chegou também a Angola. Cinquenta e um deputados da UNITA doaram metade do ordenado para comprar material de biossegurança e alimentos e dirigentes do MPLA anunciaram doar também 25% dos salários.
Em Cabo Verde ainda não houve qualquer tipo de manifestação dos ministros, deputados e gestores de empresas públicas (estes últimos os mais bem pagos no país) nesse sentido.