Faleceu hoje na cidade da Praia, aos 73 anos, Kaká Barbosa, vítima de doença prolongada.
Músico, escritor, compositor, contista…José Carlos Barbosa “Kaká Barbosa” ficará para a história de Cabo Verde como um das figuras ilustres da cultura das ilhas.
Kaká Barboza era natural de São Vicente, mas viveu toda a sua infância e juventude em Santa Catarina, Assomada, – vivência essa que viria a influenciar a sua identidade artística.
Reconhecido músico, intérprete e compositor, Kaká Barbosa foi também um homem das letras com várias obras publicadas. Três das quais escritas em crioulo. Vinti Xintido Letrado na Kriolu, Son di ViraSon e Konfison na Finata – poesia. Do seu legado contam ainda obras como Chão Terra Maiamo – poesia e Cântico às Tradições – contos. Em 2018 publicou “Caminhos cantantes” com 65 poemas.
Nas letras foi ainda membro fundador do Movimento Pró – Cultura e também sócio fundador e membro do Conselho de Administração da Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA).
O seu contributo para a Cultura de Cabo Verde tem sido reconhecido há vários anos. Foi galardoado com o Diploma – Recognition do Governo do Estado de Rhode Island and Providence Plantations – USA e também com a Medalha de Mérito por ocasião do 30º Aniversário da Independência Nacional, na altura, pelo então primeiro-ministro José Maria Neves.
Às distinções junta-se ainda a atribuição da 1ª Classe da Medalha do Vulcão entregue pelo então Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires.
Em 2019 foi homenageado pelo Festival Grito do Rock e também já havia sido homenageado pelo Kriol Jazz Festival. Este ano mais recentemente, havia sido homenageado pela SOCA.
Além de um homem da Cultura, Kaká Barbosa foi também um activista social e homem da política, conhecido por muitos como “Camarada Kaká Barbosa”. Foi deputado da Nação da VI Legislatura e VII legislatura. Foi-se o homem, fica a obra, o seu maior legado para a história e cultura das ilhas.
(actualizado)