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Covid-19

Covid-19: Algumas restrições serão mantidas depois do estado de emergência

Perspetivando o fim do estado emergência nas ilhas onde não se registam casos de covid-19, já no próximo sábado, 26, o primeiro-ministro afirma que o confinamento em casa vai deixar de ser obrigatório, alertando, no entanto, que “isso não significa que as pessoas não devam continuar a ser vigilantes e cuidadosas nos contactos com outras pessoas”.

Ulisses Correia e Silva disse, esta sexta-feira, numa declaração ao país, que, com o fim do estado de emergência, os serviços, as empresas e outras organizações, públicas e privadas, podem recomeçar a funcionar.

“Mas devem acautelar e implementar medidas que garantam a proteção dos trabalhadores e dos utentes face aos riscos associados à covid-19. É importante continuar a conciliar, na medida do possível, o trabalho presencial com o teletrabalho”, alertou.

Contudo, as restrições relacionadas com a interdição de realização de eventos e de atividades que provocam ajuntamento de pessoas ou aumentem os riscos de contágio, continuarão a ser aplicadas depois do estado de emergência e serão levantadas progressivamente, de acordo com a situação epidemiológica de cada ilha.

As restrições de visitas a lares e a centros de idosos, visitas a hospitais e a outros estabelecimentos de saúde, e visitas a estabelecimentos prisionais continuarão depois do estado de emergência e serão levantadas de acordo com a situação epidemiológica de cada ilha.

As restrições de transportes aéreos e marítimos de passageiros inter-ilhas continuarão depois do estado de emergência e serão levantadas de acordo com a situação epidemiológica de cada ilha.

O levantamento das restrições nos transportes aéreos e marítimos internacionais de passageiros dependerá do contexto interno de Cabo Verde e do contexto internacional em termos epidemiológico e económico.

De acordo com o chefe do Governo, vão ser reforçadas medidas de precaução em saúde pública relativas à proteção individual, higienização e vigilância sanitária, “das quais destaco o uso de máscaras faciais, a organização e a higienização dos espaços de atendimento ao público e a realização de testes rápidos”.

“Enquanto a situação epidemiológica das ilhas recomendar, passará a ser obrigatório o uso de máscaras faciais em espaços interiores fechados de atendimento ao público ou que impliquem contacto com o público, quer por parte dos trabalhadores, quer por parte dos utentes e clientes”, enfatiza.

Recomenda, igualmente, a todos os cidadãos o uso de máscaras faciais, particularmente em situações de aglomeração de pessoas. “Pessoas mais vulneráveis, nomeadamente com mais de 65 anos, com doenças crónicas e estados de imuno-supressão devem usar máscaras cirúrgicas sempre que saiam de casa”.

Ulisses Correia e Silva disse ainda que as empresas que operam em Cabo Verde serão certificadas para produzir máscaras denominadas sociais ou comunitárias com incentivos fiscais que tornem os preços acessíveis aos cidadãos. “Medidas de ação social serão acionadas para permitir o acesso às máscaras por parte de pessoas mais pobres e vulneráveis inscritas no Cadastro Social Único”.

“Investimentos estão a ser feitos para dotar o país de um bom stock de máscaras cirúrgicas, profissionais e comunitárias para os próximos seis meses”.

Ainda segundo o primeiro-ministro, serão implementadas medidas permanentes de organização dos serviços públicos, de higienização regular e obrigatória nos espaços de atendimento ao público, incluindo transportes públicos de passageiros, portos e aeroportos. Incentivos fiscais serão criados para a produção nacional e comercialização de gel desinfetante.

Em relação aos testes rápidos, Ulisses Correia e Silva garante que a sua realização “vai ser alargada” e que “cerca de 50.000 testes estarão disponíveis nas próximas semanas”.

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