Os engenheiros biomédicos ruandeses, do Colégio Regional Politécnico Integrado de Kigali (IPRC) produziram, com sucesso, o primeiro ventilador (também chamado respirador) africano, à medida que o País mobiliza mais recursos para combater o novo Coronavírus de COVID-19.
Um protótipo foi apresentado e fontes dizem que o ventilador será comercializado para uso, em breve.
A equipa, cuidadosamente guiada por Stephen Rulisa, Professor de Obstetrícia e Ginecologia, na Faculdade de Medicina e Farmácia da Universidade de Ruanda e o Ministério da Saúde, garante que o protótipo foi produzido em oito dias.
Segundo Rulisa, os engenheiros desenvolveram um ventilador que funciona, exactamente, como os respiradores disponíveis no mercado.
Ventiladores semelhantes, de acordo com muitos fornecedores, custam entre 25 e 30 mil dólares norte-americanos. É uma ferramenta de alto custo, que muitos países pobres não podem pagar pelas unidades de terapia intensiva disponíveis.
Esta é a mesma razão pela qual a maioria dos países, especialmente na África, possui hospitais com poucos leitos de UTI (Unidades de Tratamento Intensivos).
Para que um leito de UTI seja considerado completo, ele também deve ter um ventilador.
Ruanda, como muitos outros países pobres, tem algumas dezenas de leitos e ventiladores na UTI e o número exacto ainda não foi divulgado.
O desenvolvimento de ventiladores por engenheiros locais pode, potencialmente, mudar a face da infra-estrutura médica de Ruanda, em todo o País.