Os Portos da Praia e do Mindelo, ainda não sentiram os efeitos da crise provocada pela pandemia do coronavírus, garantiu a ENAPOR.
Com todos os eventos secundários suspensos, os Portos continuam completamente operacionais, garantindo o fluxo vital para o abastecimento do mercado, nas diferentes ilhas.
“Cabo Verde como país iminentemente importador, necessita vitalmente da produção e do transporte marítimo para abonar, principalmente a segurança alimentar”, considera a fonte, para que tanto o Porto da Praia como do Mindelo, “praticamente ainda não sentiram os efeitos da crise.”
Todos os serviços aos navios e mercadorias estão a ser prestados. Desde a pilotagem, reboque, atracação, movimentação de mercadorias, armazenagem, entrega de mercadorias e pequenas encomendas, fornecimento de água, energia, combustível e scannerização de contentores estão disponíveis nos portos.
“Registamos como é obvio, uma diminuição do número de navios, pelo facto de estarmos em estado de emergência e não ser permitido o transporte de passageiros, nem a atracação de cruzeiros. Já em relação à movimentação de mercadorias, o registo do trimestre em análise é praticamente igual ao igual período do ano anterior”, garantiu.
Os serviços de transporte marítimo e escoamento de produtos entre as ilhas também estão a decorrer normalmente, garantidos pelas embarcações da Cabo Verde Interilhas, em rotas específicas.
Quanto aos cais de pescas subconcessionados pela ENAPOR, nomeadamente o Cais de Pesca de Cova de Inglesa, em Mindelo e o Cais de Pesca do Porto da Praia estão abertos, a funcionar dentro dos limites impostos pelo estado de emergência e demais medidas de prevenção.
Até o momento, os portos não reduziram qualquer efectivo. “De Santo Antão à Brava temos cerca de 470 colaboradores de quadro e mais de 600 trabalhadores portuários, estes com um sistema laboral próprio e em regime de rotatividade”, explicou.
Não sabendo se o pior já aconteceu ou está por acontecer, daí a grande dificuldade de se planear e definir cenários, a empresa garante que os seus trabalhadores “serão os últimos a serem sacrificados”.
No dia 29 de Março o Presidente da República decretou o Estado de emergência nacional, em consequência, foi declarado o encerramento de todos os serviços e empresas públicas, em todo o território nacional, exceptuando alguns serviços públicos essenciais e imprescindíveis, em que se incluem os Portos, os quais devem manter-se em funcionamento.