As aulas do terceiro trimestre do presente ano lectivo têm início na próxima segunda-feira (20), com a sua transmissão através da televisão e da rádio. A informação foi avançada, na terça-feira (14), pela ministra Família e da Inclusão Social, Maritza Rosabal.
Durante uma conferência de imprensa, no âmbito da luta contra o COVID-19, Maritza Rosabal, adiantou que estão a trabalhar para que as aulas se reiniciem na próxima semana.
“Já foi feita a primeira gravação do programa e hoje está-se a fazer a revisão desse material e preparar a condições no geral, porque o importante é manter o contacto com as escolas e com os conteúdos e proceder com esse modelo de educação à distância partir da próxima semana”, explicou a ministra.
Segundo esta responsável, a Televisão de Cabo Verde (TCV) já disponibilizou ao ministério cinco horas diárias para a implementação deste programa. A ideia é que a partir do dia 20 de Abril, os alunos comecem a ter aulas com emissões através de televisão, rádio e com fichas com conteúdos educativos, de modo a garantir uma certa articulação entre os docentes e os alunos.
Por outro lado, avançou que aspectos ligados ao processo avaliativo e certificação deste ano são questões que podem ser resolvidas com o recurso a medidas administrativas, como tem acontecido em vários países.
A previsão de retoma das aulas é em Maio, obrigando a que o ano lectivo seja estendido. Neste momento o Ministério tem contactado os sindicatos para recolher opiniões, tendo neste momento várias medidas e propostas, incluídas as apresentadas pelos sindicatos.
Os sindicatos dos professores estão poucos receptivos à proposta do Ministério da Educação de retomar das aulas com o sistema de ensino à distância, e consideram a passagem automática uma alternativa pouco razoável.
Em declarações à Inforpress, a presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Ligia Herbert, disse que o ensino à distância seria uma boa alternativa se o país tivesse condições para tal.
Através de um comunicado, este sindicato tinha proposto ao governo a passagem automática dos alunos do 1º ao ao 11º ano. Quanto aos alunos do 12º ano, este organismo sugere a criação de condições de trabalho para que os mesmos possam apresentar os seus trabalhos e candidatarem-se às bolsas e vagas.
Por seu lado, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), Jorge Cardoso, disse que o Governo deve analisar muito bem esse assunto, considerando que não é razoável e nem justo fechar o ano apenas com os dois trimestres, uma vez que alguns alunos poderão ficar prejudicados
A NAÇÃO c/ Inforpress