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Covid-19

Covid-19: dois últimos casos positivos da Boa Vista estavam isolados desde 8 de Abril

Os dois casos positivos de coronavírus detectados ontem, entre os trabalhadores do hotel Riu Karamboa, na Boa Vista, já estavam em isolamento desde o dia 8 de Abril, garantiu hoje o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário.

Quanto aos restantes trabalhadores que ontem manifestaram-se contra a realização de testes no dia previsto para abandonar a quarentena no hotel, Arlindo do Rosário explica que já estão em quarentena desde o dia 19 de Março, altura em que apareceu o primeiro caso.

Isto significa que já se passaram 25 dias e ainda não apresentaram sintomas. Entretanto, foram recolhidas amostras de todos, para garantir a segurança e resolver uma situação de indefinição.

“Se houver casos positivos estes serão isolados e uma situação de indefinição será resolvida”, esclareceu o ministro.

Novos casos suspeitos

Desde ontem apareceram, entretanto, mais seis casos suspeitos na ilha de Santiago, quatro na Praia e dois em Santa Catarina, resultado, segundo o Director Nacional da Saúde, Artur Correia, de uma actividade investigativa e de vigilância cada vez mais intensa.

Artur Correia explicou ainda que, ao contrário do avançado anteriormente, as amostras de São Vicente são 29 e incluem os quatro casos suspeitos avançados ontem.

Da Boa Vista chegaram 181 amostras dos trabalhadores do botão Riu Karamboa, que deverão entrar em processo de análise nos próximos dois dias.

Apelo

O Director Nacional da Saúde informou que tem conhecimento de que pessoas que saíram da quarentena no hotel não estão a cumprir as indicações de confinamento domiciliar e apela à responsabilidade das mesmas que, segundo diz, tem em mãos a saúde dos boavistenses.

O apelo se estende às autoridades, no sentido de fazerem cumprir a medida, actuando sobre os prevaricadores.

“A esta altura não podemos permitir que se coloque em causa a saúde das pessoas”, considerou.

Às Câmaras Municipais, Artur Correia exorta igualmente a promoção do respeito pelas medidas e que evitem, a todo o custo, aglomerações de pessoas, seja por que razão for.

Aos bancos e outras instituições a prestar serviços essenciais, apela para que façam respeitar o distanciamento entre os utentes, com a colaboração da Polícia Nacional.

Para as pessoas que foram surpreendidas pelo estado de emergência fora das suas ilhas de residência, o Ministro da Saúde admite a possibilidade de lhes serem facilitado o regresso. A acontecer, será mediante a realização de testes de despiste e a apresentação de provas de que, de facto, a ilha onde se encontram não é a sua ilha de residência.

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