A Associação Comunitária Pilorinhu, em Achada Grande Frente, está a preparar cestas básicas para entregar a famílias vulneráveis e em situação de risco, decorrente do estado de emergência por causa do coronavírus.
A entrega deverá acontecer ainda esta semana, segundo o secretário, Amarildo Fernandes, e acontece depois de um levantamento dos agregados familiares, do qual resultou a identificação de mais de mil famílias.
Entretanto, explica Amarildo, não tendo condições para apoiar todo o grupo, a associação optou por fazer uma filtragem dos agregados em maior situação de risco e vai apoiar pouco mais de 300 famílias.
A lista com as restantes pessoas identificadas foi entregue à Câmara Municipal da Praia, que também vai entregar cestas básicas nas comunidades.
“No início identificamos um total de 1633 famílias que estavam em situação de risco nestes quatro bairros. Tivemos de filtrar os dados para identificar as famílias que não reúnem as mínimas condições para se alimentarem durante esta fase de emergência. E estamos a falar de famílias numerosas, por vezes de até 20 pessoas”, explicou Amarildo Fernandes.
Entre os seleccionados estão pessoas acamadas, doentes crónicos, idosos e famílias muito numerosas.
O projecto conta com o apoio de empresas parceiras do ramo alimentício, que se prontificaram a oferecer os donativos.
Ainda dentro da associação, o projecto “Xalabás” está a trabalhar no sentido de colocar lavatórios públicos no bairro de Achada Grande, visto que, segundo o responsável, as pessoas não estão a respeitar o isolamento social e passam grande parte do tempo nas ruas. Isto é aliás uma prática em outros bairros carenciados já visitados pelo A NAÇÃO.
Este projecto pretende ainda identificar famílias sem acesso a água e encontrar uma solução que, segundo a nossa fonte, pode passar pela ligação domiciliária.
Outro projecto é a parceria com a associação Nós Saúde que permite prestar apoio junto de pessoas com doenças crônicas e acamados.
A Associação Pilorinhu trabalha de forma sustentável, para garantir, não somente a própria sustentabilidade económica, mas também uma fonte de rendimento aos seus voluntários.
Desde 2019, desenvolveu várias frentes de trabalho, nas áreas de pastelaria, alojamento comunitário, sala de costura, horta comunitária e educação.
Da sua produção, 10% de rendimento vai para os cofres da associação e 90% para os voluntários.
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