A exposição “Retrospectiva Nelson Neves 2000-20”, que celebra os 20 anos de carreira do artista plástico cabo-verdiano, foi adiada para 2021. Inicialmente a exposição estava agendada para Junho deste ano, em Differdange, no Luxemburgo, mas devido a pandemia do COVID-19, a galeria de arte H20 e o pintor decidiram adiá-la.
A informação foi avançada ao A NAÇÃO, pelo pintor, que actualmente reside no Luxemburgo.
A exposição “Retrospectiva Nelson Neves 2000-20” deverá se realizar entre 18 de Junho e 5 de Julho de 2021 na galeria de Arte H20 de Differdange. Nesta exposição, Neves celebra os seus 20 anos de carreira, com uma mostra que reúne 80 obras de diversos tamanhos, segundo revela o artista.
“Quero nesta exposição mostrar telas que pintei há alguns anos e outras já mais recentes. Convidei o Ministro da Cultura de Cabo Verde, Abrãao Vicente, a Ministra da Cultura do Luxemburgo, Sam Tanson e também a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santo Antão. Também tenho previsto uma vernissagem com os músicos Remo Cavalini e Ney Evora”, diz Nelson Neves.
O adiamento desta exposição para 2021 deve-se ao alastrar da pandemia do COVID-19 no Luxemburgo, onde até ontem estavam contabilizados 2.487 infectados e 30 mortes provocadas pela COVID-19. Nesse país residem cerca de 12 mil cabo-verdianos. Segundo declarações do embaixador de Cabo Verde no Grão Ducado de Luxemburgo, Carlos Semedo, há três cabo-verdianos infectados com o novo coronavírus e uma morte, registada na quinta-feira (2).
É com alguma tristeza que Nelson Neves olha parra estes números, mas também para o modo como muitos países estão a lidar com a pandemia.
“Há países na Europa a lutar juntos e outros sozinhos. No Luxemburgo o governo está a fazer um bom trabalho e o povo está a cumprir as regras estabelecidas. Todos os dias recebemos informações do governo e órgãos de comunicação. Sou optimista e considero que iremos da a volta por cima a esta situação”, diz.
No que concerne a Cabo Verde, Neves antevê uma situação económica complicada, com o encerramento das fronteiras, ainda que, a seu ver, não havia outra opção.
“Após três anos de seca,, agora esta crise mundial. Não vai ser fácil para o governo de Cabo Verde, sabendo que o país depende do sector turístico.