Os doentes renais na Cidade da Praia estão sem transporte para deslocação ao Centro de Hemodiálise, no Hospital Agostinho Neto.
Preocupado, um paciente com insuficiência renal, diz que, em termos de transporte, os doentes estão por conta própria, mas que nem todos têm condições de custear a deslocação de táxi, agora duas vezes por semana.
“Antes o Hospital só oferecia transporte ao pessoal do terceiro turno, às 23h, para regressar a casa. Agora estamos a fazer hemodiálise apenas duas vezes por semana, para que não haja ruptura de stock, mas o hospital ainda não apresentou nenhum plano para nós”, explicou este paciente.
Segundo a mesma fonte, praticamente todos os doentes moram longe da unidade de hemodiálise, o que complica a sua situação, agora que o transporte público colectivo de passageiros foi suspenso.
A situação se agrava ainda mais quando muitos precisam de se deslocar à noite e temem enfrentar a violência nos bairros.
Este jornal entrou em contacto com o Director do Hospital Agostinho Neto, Júlio Andrade, que diz que, na sequência da declaração do estado de emergência, o hospital providenciou transporte para os seus trabalhadores, mas que não tem capacidade para fazer o mesmo em relação aos doentes.
Segundo Júlio Andrade, esta é uma questão que deve ser tratada junto dos serviços do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).