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Covid-19

Estado de Emergência: Palmarejo parece um bairro fantasma

Não fossem os carros estacionados, em fila, às portas dos prédios e casos do Palmarejo, esta urbe das mais movimentadas da capital, bem poderia passar por um bairro fantasma.

Às 7h30 da manhã não se via praticamente ninguém na rua. Um cenário nada usual e até inóspito para quem conhece bem o Palmarejo e que em dias normais já estaria cheio de viaturas a circular, autocarros e jovens e crianças a irem para a escola.

As excepções são as duas estruturas bancárias, onde é possível ver alguma gente à porta à espera da sua vez. Na maioria das situações as pessoas tentam respeitar o 1,5 metros de distância e há quem opte por ficar até do outro lado da estrada.

Curiosamente, as três padarias, geralmente com mais afluência no bairro, estavam praticamente às moscas ao início da manhã. É que também de quarentena em casa, há quem opte por vir ao pão mais tarde “lá para as 9h/9h30 já há mais gente”, garantiu ao A NAÇÃO uma das funcionários de uma das padarias.

As pessoas que circulam são trabalhadores dos serviços que ainda estão abertos como as lojas alimentares e de produtos de higiene e limpeza e farmácia e bancos.

O comércio que abre às portas às 8h da manhã, estava aparentemente calmo e sem filas. Há minimercados que já disponibilizam lavatório à entrada para as pessoas lavarem as mãos.

A afluência às compras de bens alimentares e de higiene e limpeza, conforme constatado ontem pelo A NAÇÃO costuma ser maior durante a manhã.

O Estado de Emergência entrou em vigor às zero horas do dia 29 de Março e vai até 17 de Abril.

Cabo Verde conta com seis casos positivos, três turistas, um dos quais faleceu e os outros já foram evacuados para os seus países. Mais três casos positivos verificados em cabo-verdianos, dois dos quais por transmissão local.

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