A empresa É-Karga Music Ent. avançou, nesta segunda-feira (30), que todas as músicas da artista Josslyn sempre foram feitas em equipa, por um grupo de quatro ou mais pessoas.
Esta declaração da produtora, publicada nas redes sociais, surge na sequência da polémica despoletada pela artista, através de publicações nas redes sociais no último fim-de-semana, onde a cantora de Santo Antão, diz estar cansada de ficar cala e que é hora de falar e contar a verdade.
Nesse vídeo Josslyn garante que foi ela que compôs as suas músicas e que estava impedida de as cantar, pelo que tem enviado cartas para a produtora, tentando fazer valer os seus direitos, mas sem o efeito desejado. A cantora pede ainda que paguem o que lhe devem e que só ela sabe o que tem passado no último ano.
Por seu turno, a É-Karga Music, diz que as músicas cantadas pela artista foram feitas por várias pessoas e argumenta que tem provas disso.
“Temos forma de o comprovar, que todas as músicas da artista Josslyn, a nível de melodias e letras, sempre foram feitas em Equipa, por um grupo de 4 ou mais pessoas, já incluindo a artista. Mais informamos que o “Master” e comercialização de todas as músicas, são propriedade da “ É-Karga Music Ent. “, tendo a artista a sua percentagem definida, em contrato assinado por ambas as partes”, pode-se ler na publicação.
Em relação às cartas alegadamente enviadas por Josslyn para fazer valer os seus direitos e que a mesma diz que foram devolvidas, a produtora nega tê-las recebido, pelo que sugeriu que fosse confirmada a morada de destino.
“Até á data de hoje, nem a empresa É-Karga Music Ent. nem o nosso advogado foram contactados. Caso tivesse existido algum contacto ‘legal’ por parte da artista Josslyn, teríamos sido notificados, o qual também não se verificou até a data”, argumenta.
Uma das declarações que marcou o “desabafo” de Josslyn nas redes sociais foi “Quero o que é meu por direito”. Tal declaração deu origem a uma onda de solidariedade de fãs da artista, revoltados com a produtora.
Neste sentido a É-Karga Music Ent. diz-se igualmente lesada por alegados incumprimentos da artista, assim como falhas contratuais relativas ao acordado entre ambas partes.
“Nós a É-Karga Music Ent. também já poderíamos ter vindo a público, através das Redes Sociais, pedir o que achamos ser nosso por direito, mas como é óbvio, e mais uma vez, isso não faz parte da postura, nem da nossa ética profissional”, acrescenta.
Segundo a publicação, na altura que a artista assinou com a empresa, foi feito um investimento de 35 mil euros (3.900.000 escudos aproximadamente), além do apoio pessoal. Assim, porque o contrato inicial era válido por cinco anos, com a saída da artista da empresa há um ano, esse investimento passou a ser “fundo perdido” e “perdoado”.
Na tentativa de amenizar o prejuízo para ambas as parte, a É-Karga Music Ent, diz que foi estipulado que a artista continuava a a trabalhar até ao dia 21 de Setembro de 2019 (no Mundo Inteiro) e até dia 10 de Janeiro de 2020 em Cabo Verde.
Posto isto, a empresa desafia Josslyn a activar os meios legais para exigir o pagamento do que lhe é supostamente devido.