O Presidente francês, Emmanuel Macron, rendeu uma longa homenagem à memória do célebre saxofonista camaronês Manu Dibango, falecido terça-feira, em Paris, aos 86 anos de idade vítima da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Macron descreveu Manu Dibango como “uma voz comprometida, que sabia fazer-se ouvir para celebrar as independências, para denunciar o racismo e o regime de Apartheid, para combater as injustiças em toda parte e para celebrar esta África da qual ele era um dos filhos mais conhecidos”.
Num comunicado, o Presidente Macron escreveu que, com o desaparecimento de Manu Dibango, a música mundial “perdeu um gigante”, pois, acrescentou, “Manu Dibango, saxofonista, compositor, passador de ritmos e lançador de êxitos musicais, era um daqueles músicos virtuosos e generosos cujo talento não conhecia limites”.
“As suas criações fazem dançar várias gerações, vários continentes”, destacou Macron, deplorando que ele seja “infelizmente” uma das primeiras personalidades mundiais a sucumbir à pandemia do Covid-19.
Macron rastreou a longa carreira do artista africano, desde o seu nascimento, em Doualá, à sua chegada a França, passando pelas suas viagens para outras cidades e continentes, até às suas numerosas peregrinações e encontros musciais no Mundo, considerando-o como uma pessoa que as fronteiras não travavam.
“Manu Dibango ria-se das fronteiras. Ele saltava dum continente para outro, duma cultura para outra, dum género para o outro, dum instrumento para o outro.
“Ele quase os dominava todos, para criar uma música universal, que era ao mesmo tempo africana e caribenha, americana e europeia, mas que era sobretudo oscilante, cativante e alegre. A cada álbum, ele inventava novos ritmos de alegria, melodias de felicidade”, escreveu Presidente Macron na sua homenagem.
O chefe de Estado francês concluiu que Manu Dibango era um “ imenso músico”, “ uma figura de humanitsta universal que, além das fronteiras geográficas e dos estilos musicais, semeou com abundância a generosidade e a alegria”.
Emmanuel Macron endereçou aos próximos e a todos os admiradores de Manu Dibango as suas “mais sentidas condolências”.
Fonte: Panapress