A Comissão Europeia anunciou alterações temporárias das Regras Comunitárias na Aviação, pelo “tremendo impacto” do Surto de COVID-19 no Sector, permitindo que as transportadoras mantenham as suas faixas horárias, mesmo que não operem vôos.
“A Comissão vai implementar, muito rapidamente, Legislação relativamente aos designados ‘slots’ de Aeroporto” – as faixas horárias atribuídas às companhias aéreas para aterrar ou descolar -, divulgou a presidente do Executivo Comunitário, Ursula von der Leyen.
Falando aos jornalistas em Bruxelas no final da Reunião do Colégio de Comissários, na qual foram abordadas as consequências económicas do novo Coronavírus, a responsável – citada pelo jn.pt -observou que “o Surto de Coronavírus está a ter um tremendo impacto na Indústria Aeronáutica Europeia e nternacional”.
“Vemos que a situação se está a deteriorar, dia após dia, e espera-se, ainda, uma maior queda no tráfego aéreo”, notou Ursula von der Leyen, anunciando que, por isso, o Executivo Comunitário quer “tornar mais fácil que as companhias aéreas mantenham as suas faixas horárias, mesmo que não operem alguns vôos nesses ‘slots’, por causa da redução do tráfego”.
De acordo com a líder da Comissão Europeia, esta é “uma medida temporária, que vai ajudar não só a Indústria, mas também o Meio Ambiente”.
“Vai reduzir a pressão no Sector da Aviação e, em particular, para as companhias aéreas de menor dimensão, mas também vai reduzir as emissões 8de Dióxido de Carbono), devido aos chamados vôos-fantasma, quando as transportadoras mantêm a sua operação apenas para salvaguardar os seus ‘slots'”, argumentou.
Assinalando que são “muitos os sectores (económicos) afectados” pelo Surto de COVID-19, Ursula von der Leyen garantiu que Bruxelas vai intervir não só relativamente à Aviação, mas também noutras indústrias.
As declarações foram feitas no mesmo dia em que o Conselho Internacional de Aeroportos na Europa (ACI Europe) advertiu que o Surto de Coronavírus está a tornar-se “uma crise sem precedentes” para os aeroportos europeus e previu que no primeiro trimestre haja menos 67 milhões de passageiros.