Carlos Alberto de Sousa Mendes “Princezito” diz-se focado na promoção e divulgação do “Finason”, através da literatura. A seu ver, este ritmo tradicional de Santiago se encontra em vias de extinção.
Princezito avançou esta informação à Inforpress, na sequência do lançamento do seu mais recente livro intitulado “Manual di Mudjer” (Manual da mulher).
Segundo este músico e autor, em todo mundo apenas ele e mais três colegas que cantam “finason”, e que teme pelo desaparecimento deste ritmo tradicional do interior de Santiago.
Assim, explicou que o objectivo do lançamento do livro é de divulgar suas obras literárias, por todos os cantos, sendo este o seu segundo livro, através da tradição oral no sentido literário.
O livro que, segundo ao autor, “trata 100% de mulher, tudo o que se encontra relacionado com a mulher”, encontra-se disponível no mercado a partir desta sexta-feira pelo preço de mil escudos.
“Manual di Mudjer” é um livro de “Finason”, de poema, que o poeta Princezito apresenta na sua fase madura, enquanto escritor conhecido como músico e autor de “Antigu Pensamentu”, lançado em 2015.
A obra “Manual di Mudjer é, para o autor, “uma homenagem à mulher cabo-verdiana, às mulheres de todas as raças, idades e ofícios”.
Espera-se que através da leitura da obra, o leitor é surpreendido pela fluidez do ser e do estar artísticos, transmitidos num fazer literário que proporciona diversas nuances de prazer estético.
Carlos Alberto Sousa Mendes, mais conhecido por Princezito, é músico, compositor e intérprete cabo-verdiano, nascido em 1971, na Vila do Tarrafal, ilha de Santiago.
Para além de Spiga (2008), Antigu Pensamentu (2015), Manual di Mudjer e várias obras musicais já gravadas, Princezito foi co-autor ou precursor de projectos como Ayan, Festival do Milho, Mano a Mano, Gala Harmonia, Oru Femia e tantos outros.
