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Mobilidade: Luxemburgo é o primeiro País do mundo com Transporte Público Gratuito

O Luxemburgo torna-se, este sábado, 29, no primeiro País do Mundo a avançar com o Transporte Público Gratuito a nível Nacional.
As cidades já lançaram o Transporte parcial gratuito – em determinados horários ou para determinados meios de Transporte -, mas esta é a primeira vez que tal abrange um País inteiro, de acordo com o Ministério da Mobilidade do Luxemburgo.
A decisão é apresentada como “uma importante medida social”, terá impacto em 40 por cento (%) das famílias, que usam Transporte Público, e representa perto de cem euros de Economia anual por lar.
A medida também faz parte de um Plano de Mobilidade, destinado a reduzir o congestionamento automóvel, o Meio de Transporte mais utilizado, com uma taxa de 47% para viagens de negócios e 71% para lazer, de acordo com dados de 2018.
O Luxemburgo, que tem perto de 610 mil habitantes, é conhecido pelo congestionamento habitual no centro da Capital.
O autocarro é usado apenas para 32% das viagens para o trabalho, enquanto a utilização do comboio é de somente 19%.
A receita gerada pela venda de bilhetes (a um preço único de dois euros) e passes é de 41 milhões de euros por ano, segundo as autoridades.
Um montante que representa 8% dos 500 milhões de euros dos custos anuais de transporte público, que será totalmente financiado pelos impostos.
O Luxemburgo também vai reorganizar a sua Rede de Autocarros Regionais até o próximo ano, de forma a torná-la na mais densa da Europa, de acordo com o seu ministro da Mobilidade, o ecologista François Bausch.
Nas fronteiras do Luxemburgo, os congestionamentos também são recorrentes, já que quase metade dos funcionários do País (46%) vive em França, Bélgica ou Alemanha.
Estes 200 mil passageiros trans-fronteiriços, tal como a população residente, usam principalmente o carro para se deslocarem para o trabalho.
As máquinas de bilhetes serão retiradas gradualmente. Contudo, os pontos de venda de bilhetes internacionais – que levarão em conta a gratuitidade no Grão-Ducado – e de primeira classe vão permanecer nas estações.
A única exceção é que vai continuar a ser pago o bilhete para a primeira classe nos comboios, assim como certos serviços de autocarros “a pedido”, organizados como serviços nocturnos pelos municípios.
O acesso gratuito é apoiado pelo Sindicato dos Transportes (cinco mil membros) – o Fncttfel-Landesverband. “Os tempos de viagem devem ser competitivos com o carro”, ressalva, contudo, o secretário geral, Georges Melchers.
Já o Movimento Ecológico diz que não faz questão na gratuitidade do Transporte Público. “Para nós, a qualidade da oferta é o ponto crucial para tornar o Transporte Público mais atraente, e não o facto de ser gratuito. Nos horários de pico, as capacidades esgotam-se”, salienta o presidente da Associação Ambiental, Blanche Weber.
 
Com: jn.pt

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