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Cultura

Primeiro dia de desfile de Carnaval na Ribeira Brava terminou já com o sol alto às 8h30

Eram 8h30 da manhã, quando o sol já ia alto, quando se deu por encerrado o primeiro dia de desfile dos grupos oficiais de Carnaval da Ribeira Brava.
Como já era de se esperar, e apesar dos grupos terem dito que iam fazer um esforço para entrarem no Terreiro mais cedo, para mais pessoas poderem usufruir da beleza do desfile, a verdade é que se cumpriu a “tradição” de começar o desfile já madrugada adentro.
O primeiro a chegar ao Terreiro, o “sambódromo”, da Ribeira Brava, foi o grupo Copacabana, eram 5h40 da manhã, sendo recebido com fogo de artifício. Desde o local da concentração, no cimo da Rua do Livramento, junto à esquadra da polícia, o grupo demorou cerca de 1h40 minutos a descer até ao Terreiro, com dois carros alegóricos e seis alas. Pelo caminho o desafio de fazer passar os andores por ruas muitos estreitas e driblar os cabos de electricidade que cruzam as ruas da “vila” da Ribeira Brava. Nada que já não estejam habituados, mas que leva o seu tempo.

Legenda: Grupo Copacabana
As ruas da Ribeira Brava, que até às 4h da manhã estavam desertas, com apenas a concentração dos grupos nos seus respectivos locais, foram-se compondo de gente à medida que o trio eléctrico do Copacabana ia passando, e as janelas das casas se abrindo para ver passar o desfile. Envolto em algum secretismo, que é habitual por aqui, Copacabana que comemora 77 anos de existência, trouxe para o Terreiro um tema ligado aos mares, à protecção marinha e preservação ambiental. Carros cheios de cor, muitos brilhos e iluminação incorporada, como manda a tradição daquele que se assume como um Carnaval “nocturno”.

Legenda: Grupo Copacabana
No Terreiro, entre muita confusão e mistura entre público e figurantes, o Copacabana desfilou durante uma hora, sempre com o Trio Eléctrico, com banda ao vivo, a acompanhar. Já com Copacabana estacionado por assim dizer, no Terreiro, eram 6h25 minutos quando o segundo grupo, Estrela Azul, entrou no Terreiro. Dois carros alegóricos bem imponentes e coloridos passaram também a mensagem de protecção e preservação ambiental, com tartarugas e gofinhos em destaque, num apelo à limpeza dos mares e oceanos, num “combate ao plástico”.



Por fim, já o sol ia relativamente alto, às 7h30 da manhã, quando o Brilho da Zona, que veio do Caleijão, entrou no sambódromo, já com menos gente no “recinto”, dado o avançado da hora, mas com alguns simpatizantes do grupo, que vieram da sua zona e não só, a aplaudir. Renovação industrial foi o tema trazido também com dois carros alegóricos, e um trio eléctrico.

 
“Lindo”, “bonito” e “espectáculo” eram as palavras mais ouvidas no Terreiro. Apesar de alguma desorganização sobretudo no delineamento do espaço entre o desfiles dos grupos e o público, as pessoas dizem-se já habituada à confusão e dizem que é essa mistura entre público e figurantes para “brincar ao Carnaval” que torna esta festa tão genuína e especial na Ribeira Brava.
Hoje os desfiles dos três grupos, repetem-se à noite, com previsão de começarem bem mais cedo, entre as 21 e 22h. Na segunda-feira, à noite, é a vez dos grupos de animação e na terça-feira de Carnaval,25, os grupos oficiais despendem-se do Entrudo no Terreiro.
GC
 
 

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