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Política

Cabo Verde conta com apoio de Luxemburgo para instalar dessalinizadoras nas ilhas do Maio e Brava

O governo pretende dotar, “em breve”, as ilhas do Maio e Brava com uma unidade dessalinizadora cada, no âmbito de um plano de mitigação do mau agrícola a ser financiado, em cerca de 10 ME, pela União Europeia.
A informação foi hoje avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, que falava aos jornalistas após acompanhar a visita de uma delegação ministerial do Grão-Ducado do Luxemburgo ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
O governante pontuou ainda que as duas futuras infra-estruturas são “reivindicações justas” das populações das ilhas a serem beneficiadas.
Segundo afirmou, o país precisa de água para a agricultura e, por isso, o governo vai trabalhar para que ainda este ano possa ter mais água tanto no Maio como na ilha Brava.
“As negociações estão muito avançadas (…) Creio que em, estaremos em condições e o Luxemburgo, mais uma vez, está na linha da frente deste apoio da União Europeia a Cabo Verde. Este plano de mitigação do mau agrícola terá uma participação muito forte do Luxemburgo como sempre”, acrescentou.
Fazendo um resumo do encontro da delegação daquele país europeu com o Presidente, Luís Filipe Tavares avançou que um dos assuntos que esteve à conversa foi a próxima visita de Jorge Carlos Fonseca ao Luxemburgo, em finais de Março.
Conforme explicou, tratar-se-á de uma “visita importante”, que irá consolidar as relações entre Cabo Verde e o Luxemburgo.
“Nós, nesse momento, estamos com um plano indicativo de cooperação Cabo Verde Luxemburgo em execução que vai terminar no final deste ano, plano este orçado em cerca de 45 mil milhões de euros”, relembrou o governante, completando que já se iniciaram as negociações para a assinatura do novo Plano Indicativo de Cooperação (PIC) a ser assinado em Luxemburgo, “provavelmente finais de Junho”.
Luís Filipe Tavares avançou ainda que o plano em questão tem um orçamento aproximado de “um pouco mais de 60 milhões de Euros”, o que significa que vai haver um aumento de 15 milhões de euros em relação ao plano estratégico que está em execução neste momento.
Quanto às áreas a serem abrangidas, o chefe da diplomacia cabo-verdiana frisou que o Ambiente e as Energias Renováveis vão ter “uma componente muito forte”.
“Tudo que é energias renováveis, tudo que é o aumento da capacidade de resiliência do país, luta contra as alterações climáticas, o próximo PIC vai ter uma componente energia e clima, o ambiente muito forte”, reforçou.
Ainda sobre o encontro com Jorge Carlos Fonseca, Luís Filipe Tavares informou que se conversou acerca do diálogo político-diplomático entre os dois países, uma vez que, apontou, Cabo Verde apoia o Luxemburgo nas suas pretensões nas Nações Unidas.
“Luxemburgo é candidato a várias comissões nas nações Unidas, Cabo Verde apoia o Luxemburgo nessas candidaturas e também o Luxemburgo é um parceiro muito importante na parceria especial entre Cabo Verde e União Europeia”, assegurou.
Por seu turno, o ministro da Cooperação e Acção Humanitária luxemburguês, Frantz Fayot, manifestou a satisfação do seu país em ajudar Cabo verde a formar jovens para profissões do futuro, como a hotelaria e as energias renováveis.
Olhando para os quatro dias de visita ao arquipélago, que termina hoje, o governante europeu afirmou que a sua delegação foi recebida em todos os lugares “com muito carinho e muita amizade”, o que, no seu ponto de vista, espelha a “profunda amizade” existente entra as duas nações, que, conforme disse, remonta ao final dos anos 80.
Já no concernente ao campo da cooperação entre os dois países, Frantz Fayot ressaltou o facto de Cabo Verde estar a agora a passar por um período de seca de três anos, o que, conforme defendeu, representa um “problema sério” para o arquipélago.
Mais à frente defendeu o ministro luxemburguês que a solução passa por estabilizar o país em relação à dependência em relação ao sector agrícola, apostando em postos de dessalinização da água do mar.
A delegação luxemburguesa integra ainda a ministra do Ambiente, Clima e Desenvolvimento Sustentável, Carole Dieschibourg, e o ministro de Energia e ministro do Ordenamento do Território, Claude Turmes, que estiveram nas ilhas de São Vicente e Santo Antão.
Fonte: Inforpress

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