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Vaticano: Papa Francisco recebe ex-PR do Brasil

Após a audiência, Lula fez uma declaração à Imprensa, na Sede da Cgil, o maior Sindicato de Trabalhadores da Itália. “A razão da minha vinda à Itália foi discutir com o Papa Francisco a questão da desigualdade social e da sua luta em defesa de uma boa política ambiental”, disse aos jornalistas.
Lula também afirmou que um dos pontos mais marcantes do encontro foi quando Bergoglio disse querer “realizar coisas irreversíveis, que fiquem para sempre no seio da sociedade”. “Se todo o ser humano, ao atingir 84 anos tiver a força, garra e disposição que ele tem, de levantar temas instigantes para o debate, acredito que podemos encontrar soluções mais fáceis”, declarou Lula.
O ex-Presidente disse ainda que não poderia deixar de visitar os três maiores sindicatos italianos durante a passagem por Roma. “Foi daqui que tirei muitas lições que coloquei em prática no Brasil e onde aprendi que o Movimento Sindical não é um órgão de colaboração e sim de contestação aos desvios feitos por empresários ou governantes”, afirmou.
Loris Zanatta, especialista em política sul-americana da Universidade de Bolonha (na Itália), afirma que o encontro entre o Papa Francisco e Lula “foi um acto político”. “O Papa é claramente contrário a Bolsonaro e já havia manifestado seu afecto a Lula, enviando-lhe uma carta enquanto estava na prisão. O Papa não esconde suas preferências políticas e, assim, inevitavelmente, há o risco da Igreja fazer Política e a Política virar Religião”, afirmou Zanatta.
Lula chegou a Roma na manhã de quarta-feira, 12, num vôo directo de São Paulo. À tarde, reuniu-se com representantes dos movimentos sociais e integrantes do Comité “Lula Libero”. O ex-Presidente manteve, ainda, uma série de encontros privados com políticos e autoridades italianas no hotel onde ficou hospedado, nas proximidades do Vaticano.
 
Com: RFI

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