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Sociedade

Boa Vista: Familiares de pescador desaparecido no mar acusam colega de negligência

Edson Brito é um jovem pescador da Boa Vista que se encontra desaparecido no mar desde a manhã domingo, 9, depois de sair para uma faina de três dias na companhia de um colega.

As autoridades foram acionadas na segunda-feira, mas até agora só foi encontrada a embarcação, com os equipamentos de mergulho a bordo, depois de dar a costa no
mar de Santa Cruz, ilha de Santiago, na tarde desta quarta-feira, 12.
A embarcação foi reconhecida pelo proprietário e a Guarda Costeira continua as buscas para localizar o jovem pescador.
Os familiares, entretanto, acusam o companheiro de negligência, uma vez que, segundo informações avançadas pelo pescador e citadas pelo site Boa Vista No Ar, o mesmo voltou a terra à nado, deixando Edson para trás, para pedir auxílio depois que a embarcação sofrer uma avaria no motor.
De acordo com informações avançadas pela mesma fonte, o pescador, que se encontrava na companhia de Edson, nadou até uma praia próxima ao Scuba, não
encontrou ajuda e partiu para Santa Mónica, numa tentativa de regressar com uma segunda embarcação para resgatar o colega. Ao voltar para o local, não encontrou o
bote e nem o companheiro de faina.
Belarmino Brito, pai de Edson, questiona os motivos que levaram o pescador a deixar o filho no mar, quando poderia trazê-lo também a nado para a terra. O pescador, por sua vez, justifica que a decisão de buscar ajuda, sozinho, foi devido ao receio de não o conseguir assistir no mar, caso este precisasse de auxílio.
Segundo o pai do jovem desaparecido, as autoridades só tomaram conhecimento do ocorrido na segunda-feira, quando se dirigiu à esquadra e à capitania, estranhando o facto de, tanto o pescador como o dono do bote, não terem pedido ajuda à polícia e autoridades marítimas.
O Comandante do Comando Regional da Boa Vista, Bremen Cardoso, confirma o conhecimento do caso, através do Instituto Marítimo Portuário.
As buscas estão a decorrer desde segunda-feira, mas ainda não foi possível localizar o pescador.
Questionado sobre o motivo de não ter acionado a polícia, o pescador diz que, no momento, estava convicto de que conseguiria chegar a tempo e regatar o colega.
“Sinceramente estranhei quando lá cheguei e não o encontrei. Não desisti continuei a minha busca, até perceber que estava difícil, dali entrei em contacto com o meu
patrão, considerando que ele iria comunicar à família e as autoridades” explica.
NA

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