Arieth Suzy Carvalho Rodrigues, 31 anos, confeiteira, e, como todas as colegas de profissão, enfrenta o tempo todo o receio da obesidade, já que trabalha com doces e salgados. “Ser confeiteira e ser magra tem sido uma dificuldade para muitas profissionais da área. No meu caso, a minha relação com a comida é de prazer, mas, também, de respeito, sem excessos”, ressalta.
Nascida em São Domingos (no interior de Santiago), Arieth cresceu na Praia, no Bairro “Craveiro Lopes” (na Achadinha), e cedo viu a cozinha como o seu lugar preferido.
Como confessa ao A NAÇÃO, a actividade de cozinhar para os outros é terapêutica para ela. “Amo o que faço e quando cozinho parece que minha mente desacelera”, diz, sorridente.
Foi cozinhando ao lado da mãe, “uma cozinheira de mão cheia”, na sua infância e adolescência, que Arieth descobriu o gosto pela confeitaria. É formada em Gastronomia e Atendimento Público, “duas formações que se complementam”.
Não é muito chegada aos doces, mas, com salgados dá-se muito bem. Tanto assim é, que já foi “pizzaola” em alguns restaurantes conhecidos da Cidade da Praia.
Em qualquer trabalho, é preciso dedicação e, acima de tudo, amor. E ser mãe ensinou à Arieth a ter paciência e a ter cuidado com as expectativas. “Às vezes, a encomenda não sai como eu esperava. Pacientemente, faço tudo de novo, até sair como eu quero, porque a minha satisfação será, também, a satisfação de quem recorre aos meus serviços”, justifica.
Arieth sonha ter o seu próprio negócio: um Restaurante móvel, como os que existem nos Estados Unidos da América. Até esse sonho virar realidade, sabe que tem um vasto caminho pela frente. Mas acredita que isso acontecerá.
“É maravilhoso ver a alegria dos outros comendo o que eu faço, mas, também, como qualquer mãe de família, sonho ter mais condições para criar melhor os meus filhos. Para que isso vire realidade, tenho que ir além do prazer e…também, pensar no lucro”, finaliza Arieth.
Anícia Pereira
