O Presidente norte-americano, Donald Trump, foi absolvido no processo de “impeachment” (impedimento) na noite desta quarta-feira, 5, em Washington. O Chefe da Casa Branca estava sendo julgado por abuso de poder e entrave ao trabalho do Congresso. O líder Republicano poderá continuar sua Campanha em busca da reeleição.
Apesar do ritual solene, acompanhado ao vivo pela Televisão por dezenas de milhões de americanos, o resultado não foi uma surpresa. Num Senado de maioria Republicana, 52 dos cem membros consideraram Trump inocente diante da acusação de abuso de poder. Já sobre o entrave do Congresso, 53 votos foram favoráveis ao Presidente. A Constituição dosEUA impõe uma maioria de dois terços (67 votos) para destituir um Chefe de Estado.
A Casa Branca celebrou a absolvição de Trump, considerando o veredicto como “uma isenção completa” e denunciando, mais uma vez, uma “caça às bruxas” dirigida por seus adversários democratas.
“O Presidente está contente de deixar para trás este último capítulo de comportamento vergonhoso dos democratas”, disse a porta-voz da Presidência, Stephanie Grisham.
Já o líder Democrata no Senado, Chuck Schumer, contestou o resultado devido à maioria republicana ter se negado a ouvir as testemunhas durante o julgamento político.
“Agora que os republicanos rejeitaram um julgamento justo, a verdade é o grande asterisco na absolvição do Presidente”, disse Schumer a jornalistas. “O asterisco diz que ele foi absolvido sem (apresentar) factos. Foi absolvido sem um julgamento justo. E significa que sua absolvição virtualmente não tem valor”, acrescentou.
Trump foi o terceiro Presidente dos EUA a enfrentar um processo de destituição, após Bill Clinton, em 1998, e Andrew Johnson, em 1868.
A única surpresa, desta vez, foi o facto de que Mitt Romney se tornou o primeiro senador a votar pela condenação de um Presidente do mesmo Partido, no caso da acusação de abuso de poder.
Com: RFI
EUA: Trump é absolvido em processo de “impeachment”
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