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Argentina propõe à França aliança para renegociar Acordo Mercosul-União Europeia

O Presidente argentine, Alberto Fernández, quer o apoio do homólogo francês, Emmanuel Macron, para renegociar o Acordo Comercial entre os dois blocos, assumindo uma posição que o afasta ainda mais do governo brasileiro, dirigido por Jair Bolsonaro.
Na reunião que Alberto Fernández, terá com o Presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira, 5, no Palácio do Eliseu, em Paris (a capital), a Argentina vai propôr à França a renegociação do Acordo Comercial Mercosul-União Europeia. Embora a prioridade do Governo argentino seja conseguir o apoio politico da França para a renegociação da dívida do País junto do Fundo Monetário Internacionasl (FMI), Alberto Fernández vai sondar a possibilidade de ter a França como aliada na sua intenção de rever alguns aspectos do Acordo Comercial.
Fernández vai argumentar que devem ser evitadas as assimetrias que prejudicariam a Indústria argentina. “É preciso ver como o Acordo será implementado, para evitar assimetrias”, disse Alberto Fernández, na sexta-feira passada, depois da reunião com o Primeiro-Ministro italiano, Giuseppe Conte.
A posição argentina foi explicada aos governos de Itália, Alemanha e Espanha, países que Fernández visitou desde sexta-feira, 31 de Janeiro, quando começou o périplo internacional, que finda em França. Em nenhum desses países, a posição do Presidente argentino encontrou eco. Todos querem que o Livre Com´wercio entre os dois blocos avance.
O Acordo assinada em Junho passado, depois de 20 anos de negociações, está na fase de revisão legal, prevista para terminar em Março. A partir dali, começará a fase seguinte em que precisará ser ratificado pelos Parlamentos de cada País, período que pode levar cerca de dois anos. Somente depois, entrará em vigência, inaugurando um processo paulatino de abertura commercial, que pode durar até 15 anos, dependendo do sector.
Na Europa, os Parlamentos de cada País precisam aprovar o Capítulo Político enquanto que, para o Capítulo Comercial – o mais importante – basta a aprovação da Comissão Europeia que já se mostrou contrária a uma revisão.
Nos países do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – os Congressos precisarão aprovar todos os capítulos. Mas na reunião de Cúpula de Santa Fé, na Argentina, em Julho passado, quando ainda governava o ex-Presidente argentino, Mauricio Macri, os países do Bloco concordaram que o Acordo entraria em vigência individualmente, à medida que cada Congresso o aprovasse.
Os governos já previam o que poderia acontecer na Argentina se Mauricio Macri perdesse as eleições para Alberto Fernández. Assim, o Acordo Mercosul-União Europeia poderá entrar em vigência, independentemente da Argentina, que ficaria de fora.
A postura de Alberto Fernández afasta-o dos demais parceiros do Mercosul, todos a favor do Acordo.
Perante as declarações de Fernández sobre querer rever o Acordo, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, avisou que poderá romper com o Mercosul. A postura de Alberto Fernández vai definir o futuro das relações do Brasil com a Argentina.
 
Com: RFI

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