Cinco bebés prematuros manifestaram, repentinamente, dificuldades respiratórias graves, no início da manhã de 20 de Dezembro, depois de a enfermeira ter estado de serviço, no turno da noite, no Hospital Universitário de Ulm, no Sudeste da Alemanha, segundo os investigadores do caso.
Em declarações à Imprensa, esta quinta-feira, 30, o chefe da Polícia de Ulm, Bernhard Weber, indicou que os recém-nascidos afectados tinham entre um dia e cinco semanas de vida e, provavelmente, tudo indica que não sofrerão danos permanentes de saúde com o ocorrido.
Segundo o Hospital, três bebés tiveram de ser ventilados logo após o incidente. Inicialmente, suspeitou-se que os prematuros estariam a ser vítimas de uma infecção. No entanto, o Hospital alertou a Polícia depois de testes feitos à urina dos bebés terem revelado que ingeriram Morfina – um analgésico potente, normalmente, só administrado para dores fortes.
Os investigadores conseguiram limitar o período horário em que a administração da Morfina terá ocorrido, concluindo que terá sido durante a madrugada de 20 de Dezembro, explicou o director do Ministério Público de Ulm, Christof Lehr, na conferência-conjunta com o chefe da Polícia. No turno da noite estavam a trabalhar quatro enfermeiras e dois médicos.
Nas buscas realizadas aos cacifos desses profissionais de Saúde, os investigadores encontraram uma seringa com leite materno entre os pertences da enfermeira. Testes realizados, posteriormente, revelaram que a seringa, também, continha Morfina. A enfermeira foi detida logo nesse dia.
O caso ainda está sob investigação e a acusação formal ainda não foi redigida. No entanto, estão em causa, pelo menos, cinco tentativas de homicídio e ofensas físicas graves.
Nas primeiras declarações públicas sobre o caso, na presença do advogado, a enfermeira negou as acusações do Ministério Público. Está a aguardar julgamento sob custódia, devido ao risco de fuga e será alvo de um exame psicológico.
Com: jn.pt