Dois mísseis foram lançados contra o Boeing 737 da Ukraine International Airlines, abatido a 8 de Janeiro, pelas Forças Armadas iranianas.
“Os investigadores (…) acederam a informações e descobriram que dois mísseis M1-TOR […] foram disparados contra o avião”, conclui um Relatório de Investigação Preliminar da Organização de Aviação Civil Iraniana (CAO).
“O efeito dos (mísseis) no acidente e a análise dessa acção estão sob investigação”, de acordo com o documento.
Após três dias de desmentidos, as Forças Armadas iranianas reconheceram, a 11 de Janeiro, ter abatido, “por erro”, o Boeing 737 da Ukraine International Airlines, alguns minutos depois de ter levantado vôo de Teerão (a Capital do Irão).
Todos os 176 ocupantes do avião, na maioria iranianos e candaianos, morreram.
No domingo, 19, os corpos das 11 vítimas ucranianas do acidente, entre as quais os nove membros da tripulação, foram repatriados para Kiev (a Capital da Ucrânia).
O abate do avião aconteceu na mesma noite em que o Irão lançou um ataque com mísseis contra bases no Iraque com soldados norte-americanos, em retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, por ordem do Presidente Donald Trump.
O ministro dos Transportes iraniano, Mohammad Eslami, chegou à Ucrânia, na segunda-feira, 20, para “apresentar desculpas oficiais” e Kiev espera poder “discutir problemas práticos, como a devolução das ‘caixas negras'”, indicou à Imprensa o chefe da Diplomacia ucraniana, Vadym Prystaiko.
“Exigimos que estas caixas nos sejam entregues, é deste modo que o Irão vai provar estar disposto a um diálogo aberto e a uma investigação imparcial”, adiantou o ministro ucraniano.
Com: jn.pt
