O documentário Bidon – Nação Ilhéu, da antropóloga cabo-verdiana Celeste Fortes e do realizador Edson Silva estreia-se hoje, no Brasil.
Bidon, que destaca a importância dos emigrantes e suas remeças – os chamados bidons – para as famílias e para a economia do país, foi selecionado na 3ª edição do Programa Audiovisual da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).
O drama costura a história de três mulheres. Uma delas é Camilia, uma enina que, aos 11 anos, via a sua mãe partir para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor. Outra protagonista é a dona São, que revende produtos dos bidons importados como forma de driblar a pobreza e sustentar os seus filhos.
O projecto foi selecionado em Maio de 2018 para receber o apoio financeiro no concurso internacional do programa audiovisual “DOCTV CPLP III”, entre 12 projectos submetidos por Cabo Verde e que transmitiam uma visão contemporânea das realidades sociopolíticas e culturais do país.
A Éden produções – produtora que assina o documentário, recebeu 5,5 mil contos para a produção do filme, com duração de 52 minutos, estipulado pela organização.
Na altura, em declarações à Inforpress, Celeste Fortes lembrou que este é o seu primeiro trabalho como realizadora, mas que sua primeira aventura no mundo audiovisual tinha sido há 8 anos, com a realização de uma curta metragem para um trabalho académico.
Bidon: Nação Ilhéu será exibida, hoje, 20, pela TV Brasil. O programa da CPLP busca estimular o intercambio e fomentar a produção audiovisual nos seus países membros. Participam Angola, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe.