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Líbano: Manifestações afectam Sistema Bancário e podem ter impacto na Síria

Há mais de 90 dias, os libaneses vão às ruas para pedir a saída da classe dominante, acusada de corrupção e incompetência. Após alguns dias de relativa calmaria, os protestos retomaram esta semana no País, que está sem Governo desde a renúncia do Primeiro-Ministro, Saad Hariri, no final de Outubro. Especialistas já temem o impacto na Economia local, mas também nos países da Região.

A Capital Beirute foi palco de tumultos, particularmente violentos, nas noites dos dias 14 e 15, com vários actos de vandalism, visando instituições bancárias. Mais de cem manifestantes foram detidos, em apenas 48 horas.

Os bancos são alvo dos ataques, por causa da desvalorização de 40 por cento (%) da moeda no mercado paralelo, mas, principalmente, em razão das restrições aos saques impostas pelas agências.

No entanto, além da situação caótica no Líbano, as restrições bancárias começam a atingir a Economia regional. “Vemos consequências imediatas na Síria”, afirma Samir Aita, presidente do Círculo dos Economistas árabes, que fala do risco de uma falência do Sistema Bancário local.

“Estima-se que um terço dos depósitos feitos nos bancos libaneses são ligados à Síria. Com as sanções americanas visando a Síria, o Líbano é o único pulmão pelo qual os sírios e até as agências da ONU compram bens de primeira necessidade. E nesse momento (por causa das restrições nos bancos), as importações dos sírios e as ajudas dadas pelas Nações Unidas estão praticamente paradas”, alerta, notando que “essa situação obriga os libaneses a apertarem os cintos, mas também pode provocar fome na Síria”.

O Líbano já tem uma dívida equivalente a mais de 150% do PIB (Produto Interno Bruto). O Banco Mundial (BM) alertou, em Novembro passado, que metade da população do País poderá cair na pobreza.

 

Com:  RFI

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