“Uma chapada na cara” dos Estados Unidos da América (EUA).
Foi assim que o líder supremo do Irão classificou o ataque na madrugada desta quarta-feira, 8, a duas bases militares no Iraque com tropas norte-americanas. Perante uma multidão em Qoms que gritava “Morte à América” e “Morte a Israel”, Ali Khamenei afirmou, num discurso transmitido pela Televisão estatal, que os militares norte-americanos devem deixar a Região e que esta acção militar contra as bases militares não é suficiente para vingar a morte do comandante da Força de Elite Al-Quds,Qasem Soleimani, ordenada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
As duas bases com militares norte-americanos no Iraque foram atacadas na madrugada desta quarta-feira com vários mísseis, confirmou o Departamento de Defesa dos EUA. Os mísseis balísticos, lançados pelo Irão que já confirmou a autoria como retaliação pela morte do general Soleimani, atingiram as bases de Al Assad e Erbil.
A Televisão estatal iraniana avançou que 80 “terroristas americanos” foram mortos no ataque. A mesma fonte adianta que nenhum dos mísseis foi interceptado e que o Irão tem na mira outros cem alvos, caso os Estados Unidos decidam avançar com medidas de retaliação. Por outro lado, o presidente dos EUA, Donald Trump, diz que “está tudo bem”, numa publicação no “Twitter”, mas que está a avaliar os danos.
De acordo com uma fonte da Guarda Revolucionária do Irão, citada pela Televisão estatal, helicópteros e equipamentos militares foram “severamente danificados”.
A autoridade Federal Norte-Americana para a Aviação (FAA) proibiu aviões e pilotos comerciais norte-americanos de voarem sobre áreas do Iraque, Irão, do Golfo Pérsico e do Golfo de Omã.
Fonte militar iraquiana disse à CNN que haveria “baixas entre militares iraquianos” sem precisar se são feridos ou vítimas mortais nem o número, mas mais tarde o Pentágono adiantou não existirem registo de quaisquer vítimas mortais. As bases em causa albergam militares iraquianos, norte-americanos e de outros países da Coligação Internacional como é o caso da Dinamarca.
O jornal “The New York Times” refere que militares iraquianos indicam que o Irão disparou 22 mísseis no ataque às duas bases militares, onde estão posicionadas tropas norte-americanas. De acordo com o jornal, Donald Trump reuniu-se na Casa Branca com os seus principais conselheiros de Segurança Nacional para discutir possíveis opções de retaliação aos ataques do Irão. Na reunião terão estado o secretário de Defesa Mar T. Esper e o general Mark A. Milley, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas norte-americanas.
O Presidente Donald Trump acompanhou os ataques às bases militares na Casa Branca, onde a Segurança foi elevada para o nível máximo. Mas o Presidente ainda não reagiu, oficialmente, e só o deve fazer durante esta quarta-feira. Colocou apenas uma mensagem no “Twitter” em que afirma que “está tudo bem”, que houve um ataque com mísseis e que os danos estão a ser avaliados. “Temos o exército mais poderoso e mais bem equipado em qualquer parte do mundo”, escreveu.
Com: dn.pt