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Cultura

Eugénio Inocêncio lança “Depois das Mangas vêm os Abacates” em Portugal

“Depois das Mangas vêm os Abacates” é o nome do livro de Eugénio Inocêncio a ser lançado esta sexta-feira,10, na Associação cabo-verdiana de Lisboa, pelas 19h, em Lisboa, Portugal.

Segundo o autor, a obra é uma homenagem aos seus antepassados escravos.

“A superação da escravatura começa por ação do escravo, enquanto escravo. Esta superação é a matriz da construção da nossa cultura crioula e humanista. Poderia eu próprio ser feito escravo hoje, neste momento. Ficaria limitado na minha liberdade, mas ontologicamente seria a mesma pessoa. E a superação dessa minha condição começaria imediatamente. É uma das características da humanidade”, explica Eugênio Inocêncio, numa nota enviada ao A NAÇÃO.

Para dar corpo a este desafio, na sua forma, o economista de formação, diz que hesitou entre uma tragédia e um drama. “Optei pelo drama crioulo”.

Sobre algumas das personagens da obra, o autor fala-nos, “por razões afetivas” de Perpétua, o Sólido Seguro, o Fépu e o João S.  que integram  um grupo de personagens principais, dais quais fazem parte cinco escravos, um liberto, das primeiras famílias com alforria, e um mercador de escravos. A história decorre na Cidade Velha, ilha de Santiago, no século dezoito, em 1726. Para saber mais terá de ler a obra de Eugénio Inocêncio.

Depois do lançamento do livro, no dia 11 de Janeiro “Dududa” nome pelo qual é conhecido Eugénio Inocêncio, participa na tertúlia “A Cultura como elemento de integração e desenvolvimento”, às 16h, na Cretcheu – Associação Cabo-verdiana de Almada, onde irá apresentar o seu primeiro romance intitulado “Múrcia”, lançado em 2017.

Para além de autor Eugénio Inocêncio (Dududa) é, economista, empresário, antigo jornalista, antigo embaixador, foi um dos deputados do primeiro parlamento cabo-verdiano, o parlamento da independência. Tem o estatuto de Combatente de
Liberdade da Pátria, conferido pelo parlamento cabo-verdiano, foi membro da direcção nacional do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde, à data da independência de Cabo Verde, rompeu com o regime do partido único, em
1979, exilou-se em Portugal, durante a década de oitenta. Vive desde 1990 em Cabo Verde.

Anícia Pereira

*Estagiária

 

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