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Ex-Presidente da Renault-Nissan confirma que fugiu do Japão e está no Líbano

“Estou no Líbano. Deixei de ser refém de um Sistema Judicial japonês parcial, onde prevalece a presunção de culpa”, afirmou Carlos Ghosn, de acordo com um Comunicado divulgado pelos representantes do empresário.
Ghosn, de 65 anos, esclareceu não ter fugido à Justiça, mas que se libertou “da injustiça e da perseguição política” no Japão.
“Finalmente, posso comunicar livremente com a Imprensa, o que farei a partir da próxima semana”, acrescentou.
De acordo com fontes oficiais libanesas, citadas pela emissora pública japonesa NHK, Ghosn deixou o arquipélago nipónico com um documento de identidade falso e entrou no Aeroporto Internacional de Beirute com essa mesma identificação.
“Entrou com um nome diferente, não com o de Carlos Ghosn”, disse uma fonte dos Serviços de Segurança libaneses, citada pela mesma emissora. Segundo a NHK, o ex-Presidente da Nissan terá chegado ao Líbano num avião particular.
Carlos Ghosn, ex-Presidente do Conselho de Administração e ex-Presidente-Executivo do Grupo Nissan e da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi detido em Tóquio (Capital do Japão), em 19 de Novembro de 2018, por suspeita de abuso de confiança e evasão fiscal.
Detido vários meses no Japão, o empresário foi libertado em Março de 2019, após o pagamento de uma caução. No início de Abril passado, foi novamente detido e outra vez libertado sob caução. No final desse mesmo mês, Ghosn ficou sob detenção domiciliária, a aguardar julgamento por evasão fiscal, entre outros crimes.
Os advogados e a família de Carlos Ghosn têm criticado fortemente as condições da detenção do empresário, bem como a forma como a Justiça nipónica tem gerido os procedimentos deste caso.
Ghosn chegou à Nissan em 1999, como Presidente-Executivo, para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, nos arredores de Tóquio, depois de ter oficializado uma Aliança com a francesa Renault.
 
Com: jn.pt

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