Segundo o delegado do Sindicato dos Vigilantes, Eddy Ganeto, a Greve foi suspense, com base numa garantia dada pelo ministro das Finanças, Olavo Correia, de que o PIR para a actualização salarial da classe será publicado daqui a duas semanas.
Eddy Ganeto, que falava em conferência de Imprensa, considerou que a classe já esperou demais por “promessas sem nenhum resultado” e que, caso o Governo e a Associação Nacional de Segurança Privada (ANESP) não cumprirem com a publicação do PIR, a Greve será geral e a nível Nacional.
“Nós, os vigilantes de São Vicente, somos os mais prejudicados, sabendo que nas ilhas de Santiago, Sal e Boa Vista os salários são diferentes e compatíveis com os cargos. Há profissionais com dez, 15 e 25 anos de trabalho com o mesmo salário que vigilantes de quinta categoria”, denuncia o delegado, para quem a promoção e a alteração de cargos é outro ponto crítico que deve ser reavaliado.
Para Ganeto, a publicação do PIR vem obrigar as empresas e entidades patronais a melhorar a grelha salarial dos vigilantes, já que, até então, a não publicação desta matriz legal tem servido de bengala para o descumprimento do Acordo Colectivo de Trabalhadores (ACT), assinado desde 2017 e que, entretanto, entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2018.
Este sindicalista aponta, ainda, um “fraco poder de compra” dos vigilantes, fracas condições de higiene e segurança no trabalho e falta de equipamentos de defesa. “Trabalhamos sob exigências constantes e sob ameaças, tanto dos clientes como das empresas empregadoras. Há vigilantes que já foram agredidos aqui no Mindelo e na Cidade da Praia. Há poucos dias, um vigilante foi atacado e levaram até mesmo a sua farda”, conta Eddy Ganeto, para quem, este Sector “não está a passar bons dias” no cumprimento das suas funções.
A Greve é uma iniciativa dos próprios vigilantes e não da sua representação sindical (SIACSA – Sindicato da Indústria Geral, Agricultura, Construção Civil e Afins), como é habito acontecer.
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