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França: Relatório revela que militares foram recrutados pelo Estado Islâmico

O último Relatório do Centro de Análise do Terrorismo  (o CAT na sigla em francês), sobre “militares e jihad”, revela que ex-legionários, pára-quedistas e militares em geral do Exército francês foram presos, por envolvimento em projectos de atentados na França ou viraram chefes de unidades de combate do Grupo Estado Islâmico. O jornal “Le Figaro” trouxe em primeira mão, quarta-feira, 18, os resultados do documento.
Segundo o Relatório, o número de militares que se uniram ao “jihad” é de, aproximadamente, 30. “Um número pequeno se comparado ao total dos efectivos, mas uma ameaça real se imaginamos o impacto de um atentado realizado por essas pessoas”, diz “Le Figaro”.
Para o CAT, o Exército é um alvo importante de recrutamento para os grupos terroristas. Muitos se unem às tropas do “jihad”, ocupando postos estratégicos, de acordo com sua experiência.
Este foi o caso de Abdelilah H. (nome fictício), ex-legionário no Afeganistão, cujo paradeiro é desconhecido. Ele criou sua própria Brigada, que tinha entre os membros terroristas que participaram do atentado de 2015 no Bataclan, em Paris (Capital da França).
A adesão ao Islão radical – segundo o Relatório citado no jornal -, varia de acordo com o perfil dos indivíduos. Alguns se convertem ainda no Exército e outros quando já deixaram o serviço. Em alguns casos, o projecto começa antes de servir.
Confrontado ao problema que começou a ser exposto em Junho pelo Relatório Parlamentar sobre “os serviços públicos face à radicalização”, o Exército reagiu, afirmando que a Instituição Militar é, normalmente, pouco permissive, com comportamentos incompatíveis com suas actividades, mas afirmou aumentar a vigilância porque o nível da ameaça é importante.
Segundo a Direção de Informação e de Segurança da Defesa, citada por “Le Figaro”, o nível de alerta sobre uma ameaça de radicalização no Exército é considerado pouco elevado, devido ao pequeno número de soldados convertidos.
Segundo o jornal, o fenómeno apareceu na Bósnia e continuou no Afeganistão, mas com o conflito na Síria e no Iraque, virou um fenómeno social. A radicalização de soldados já foi tratada inclusive pela ficção.
 
Com: RFI

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