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Economia

Micro e Pequenas Empresas de Barlavento em feira pela primeira vez no Mindelo

A Feira das Micro e Pequenas Empresas do Barlavento abriu as portas ontem, na
cidade do Mindelo, com a participação de empresas das ilhas do norte do país, nas
categorias micro e de pequeno porte, mas também com a presença de empresas
ditas grandes, que quiseram apoiar a iniciativa.
Sob o lema “Pequenas hoje, grandes amanhã” o objectivo do evento é criar
oportunidades de divulgação e promoção de produtos serviços e projectos “pequenos” existentes no mercado. Visa ainda potencializar um ambiente favorável para a criação, formalização, desenvolvimento e competitividade das micro e pequenas empresas além apoiar o empreendedor individual.
Participam nesta primeira edição um total de 57 expositores, divididos por 65 standes, entre empresas e instituições.
O jovem Arlandino Momone, em representação da Padaria Arte e Pão, de Santo Antão, considera que esta é uma iniciativa “muito boa” na medida que ajuda na projeção de empresas pequenas.
“Já neste primeiro dia está sendo muito bom, já com muitas pessoas a visitarem o nosso stand e espero que todos possamos desenvolver bons contactos e, quem sabe, bons negócios.”
A padaria está sediada em Santo Antão mas já coloca os seus produtos em outras ilhas, como São Vicente e Sal. Entretanto, explica Momone, as dificuldades nos transportes têm dificultado a distribuição dos seus produtos no mercado, principalmente na ilha do Sal, onde o volume de vendas diminuiu nos últimos tempos.
A empresa GAIA Tourism, por sua vez, vem da ilha de São Nicolau e traz produtos
produzidos a partir da cana de açúcar. Gaia dedica-se a produção de produtos agrícolas biológicas, ou seja, sem uso de fertilizantes e pesticidas, mas, nesta época do ano ainda não há colheita, pelo que traz somente grogue e ponche de frutas diversas. O negócio, considera o proprietário Blaise Menuet, faz-se de experimentação, sem se saber o resultado, pelo que, espera ter um balanço positivo no final desta primeira experiência na feira.
Já a AOC é uma empresa consolidada no mercado, com nove anos nos ramos de
decoração de interiores e exteriores, relvas, móveis, entre outros. Para além de não se enquadrar na designação de micro ou pequena empresa, esta empresa decidiu e juntar-se à esta iniciativa como forma de ajudar as pequenas empresas, numa fase mais difícil do negócio.”
“A FIC tem um grande impacto a nível nacional e internacional, mas, as empresas mais pequenas não conseguem participar devido aos custos e incumbências que acarreta. Por esta razão aceitamos o convite porque nós sabemos que quando chegamos no mercado não foi tão fácil, assim como não é para eles agora” explica a representante Nelly Vercruysse.
A abertura da feira contou com a presença do presidente substituto da Câmara
Municipal de São Vicente, o vereador Rodrigo Rendal, que considerou que vive-se um período de profundas transformações económicas, sociais e culturais que impõe
reflexões sobre os modelos de desenvolvimento dos vários sectores da sociedade e
fazer face a desafios cada vez mais globais.
Neste contexto, avança, o país tem o desafio de desenvolver as sinergias necessárias
para melhorar o ambiente de negócio e o clima de investimentos, fomentando o
empreendedorismo qualificado e criativo e com forte enfoque na formação
profissional.

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