Angola acolhe, em 2022, a X Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do Grupo de Países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP), devendo assumir a Presidência das três regiões da Organização.
A informação foi avançada pelo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta – citadopelo “Jornal de Angola” (“JA”) -, na Cerimónia de Encerramento da IX Cimeira, e confirmada pelo Vice-Presidente da República de Angola, Bornito de Sousa.
“Confirmo a disponibilidade de Angola acolher a X Cimeira ACP, cujos detalhes sobre a data para os procedimentos operativos serão tratados com o Secretariado”, disse o Chefe de Estado queniano.
Bornito de Sousa, que voltou a discursar no último dia da Cimeira, que juntou 90 chefes de Estado e de Governo do Grupo ACP, destacou que o País vive um período de grandes transformações nos planos político, económico, social, cultural e ainda conta com uma experiência no domínio dos processos de Paz interna e regional.
Angola – acrescentou -, está num processo de abandono da “monocultura” do petróleo e início da diversificação da Economia e a desenvolver programas activos de transparência governativa e de combate à corrupção.
O Vice-Presidente acrescentou que aquele País Lusófono da África Austral está, também, empenhado nas reformas políticas, nas quais se inclui a realização, pela primeira vez, de Eleições Municipais.
Recordou que Angola tem potencial em termos de recursos turísticos, com destaque para o Projecto Okavango Zambeze, envolvendo Angola, Namíbia, Botswana, Zâmbia e Zimbabwe.
Ainda terça-feira, 10, Bornito de Sousa foi recebido em audiência pelo homólogo do Quénia, Willian Ruto. Recebeu em audiência o ministro dos Negócios Estrangeiros do Gabão, Allain Claude Billie By-Nze.
O Vice-Presidente do Quénia, Willian Ruto, felicitou o Governo angolano pela eleição de Georges Chikoti para o cargo de secretário-geral do ACP.
Georges Rebelo Chikoti prometeu trabalhar para garantir um Grupo de países mais dinâmico e visível a todos os níveis, com base no multilateralismo, para melhor concorrer na Arena Internacional.
Os chefes de Estado e de Governo dos Países da ACP concordaram em redobrar esforços de Governação intra ACP, Sul-Sul e a Cooperação Triangular, para promover a Paz e a Segurança mundial, melhorando o comércio e os investimentos nas três regiões do Grupo.
Na Declaração de Nairobi, os líderes apontaram, igualmente, a aceleração dos sectores empresariais e o investimento como um dos mecanismos mais acertados para o desenvolvimento do Comércio. Assumiram o Sector Privado como uma das grandes prioridades do Grupo para os próximos anos, com destaque para a transformação do Sector Industrial, com preferência para as Economias Azul e Verde.
A Declaração, lida pelo Presidente do Quénia e do grupo ACP, Uhuru Kenyatta, sublinhou que todos os líderes comprometeram-se em redobrar esforços para integrar as economias ACP nas cadeias de Valor Mundial, apoiando o crescimento das pequenas, médias e micro-empresas, sobretudo aquelas que são geridas por jovens, mulheres e pessoas com deficiência.
Sobre as alterações climáticas, os líderes comprometeram-se em trabalhar de forma mais próxima com as alianças existentes e redobrar os mecanismos de protecção contra as mudanças do Clima.
A Cimeira decidiu apoiar a decisão do Conselho de Ministros para a criação de um Fundo Fiduciário para assegurar a sustentabilidade do ACP. Alguns países apresentaram propostas financeiras para manter o Fundo e os projectos para o seu lançamento.
Angola acolhe próxima Cimeira do Grupo ACP
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