O Morna Fest, festival realizado, até agora, em Mindelo, vai estender-se à cidade da Praia, com um espetáculo, e à ilha do Sal, com palestras e workshops, nesta que é a sua sétima edição.
No dia 13 de dezembro na Assembleia Nacional e no 14 de dezembro na
Praça Gil Eanes, Morna Fest traz uma homenagem à morna e aos
trovadores das ilhas, com um repertório de artistas
cabo-verdianos nacionais e da diáspora.
“Queremos homenagear a morna, esta melodia suave que embala a vida
dos cabo-verdianos e que um dia, sonha Cabo Verde, não será só nosso,
mas Património Imaterial da Humanidade” explica o produtor, Júlio do
Rosário.
O projecto, diz, contribui para a criação de um produto que divulgue e
promova Mindelo e Praia, enquanto roteiro turístico e cultural,
porquanto, já se projecta a sua expansão para outras ilhas do país. Já
nesta edição, a ilha do Sal será palco de palestras e workshops, durante a
semana dedicada à morna.
Júlio do Rosário garante ainda que outras ilhas, como São Nicolau, já
manifestaram interesse em levar o evento aos seus municípios, o que só
não acontece este ano por causa de problemas no transporte.
Esta é também uma edição “especial”, que coincide praticamente com a decisão final da UNESCO sobre a candidatura da morna à Património Imaterial da
Humanidade.
“Cesária Évora, Bana, Ildo Lobo, Jack Monteiro, cantavam a morna com
saudade, morabeza, nostalgia, e, às vezes, com tristeza e num silêncio
magoado. Com a nova geração de artistas, a morna surge coberta de
emoção, beleza, sedução e arte. É precisamente isso que queremos do
Morna Fest 2019 e que, com ele, seja dado mais um passo a caminho da
Morna, Património Imaterial da Humanidade, que é o lugar dela.”
As actividades da sétima edição do festival arrancam hoje, no Mindelo,
com uma serenata musical, a celebrar o Dia Nacional da Morna.
Será ainda inaugurada uma rua com o nome de B.Leza e afixação de uma placa
“memória” na casa onde nasceu este ícone da música cabo-verdiana.
