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Cultura

Artesanato português explora mercado cabo-verdiano

Artesãos dos Açores e Porto, Portugal, marcaram presença na terceira edição da URDI – Feira de Artesanato e Design de Cabo Verde. Uma oportunidade, dizem, para conhecer novas formas de arte e trocar experiências com artesãos nacionais.
Marina Mendonça vem da ilha de Santa Maria, Açores, e traz peças em barro, cerâmica escultórica e loiças de mesa. “Há sempre bastante curiosidade em relação as minhas peças porque trago uns barros bastante diferentes dos que são utilizados aqui. As pessoas estão a questionar se é mesmo barro, por causa da cor” explica a artesã.
Apesar desta diferença aparente nos tipos de material utilizado, Mariana garante que não há nenhuma diferença na forma como trabalham. “Eu já tive a oportunidade de trabalhar com um artesão de Santo Antão, numa residência criativa em Ponta Delgada e nós temos exatamente a mesma forma de confecionar as peças.”
Pela primeira vez e Mabo Verde, Mariana aproveita a feira para divulgar os seus produtos “trocar ideias” com os profissionais locais.
Paulo Melo, também dos Açores, vem da ilha de São Miguel e traz bonecas feitas a partir da folha de milho, pela mãe e pela irmã. As bonecas vêm dos antepassados, segundo explica, feitas por famílias que não tinham dinheiro para comprar bonecas para as crianças, portanto, produziam seus próprios brinquedos a partir do material que tinham à disposição.
Estar aqui a participar desta feira, diz Paulo Melo, o permite conhecer uma cultura diferente, bem como outras variedades de materiais que poderá aplicar no seu trabalho. “Eu já tive a oportunidade de ver aqui um trabalho muito parecido, embora com uma mistura de materiais como a palmeira. O artesanato cabo-verdiano é muito diverso, rico e muito bonito.”
Do Porto, vem a Daiana Ferreira, que no ano anterior visitou a feira e reconheceu uma ocasião para expor os seus quadros, em pintura e retratos em desenho. “O objectivo é apresentar o meu trabalho, para que as pessoas vejam aquilo que faço e, possivelmente, comprarem caso gostem. A par disto, conhecer novos artistas e novos artesãos.”
A URDI chega ao fim este Domingo. A par a feira, várias actividades paralelas preencheram a cidade do Mindelo por estes dias, desde grande conversas em torno de temas da actualidade, oficinas, música e poesia.

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