Um grande perigo para a humanidade, do legado de homens perigosos, dirigente bem identificados, que pululam este mundo fora, é a capacidade destes de criarem inimigos, os quais, sofisticando a arte e o engenho dos primeiros, transformam-se em seres muito piores, com um grande defeito de fabrico: errar no alvo, por falta de experiência!
Gente perigosa, e bem colocada! Prejudica-nos, muito mais pelo o efeito, induzido que as suas ações e ou omissões têm nos outros, do que as acções em si. Talvez seja uma realidade que passa debaixo das nossas ventas sem darmos conta; os conhecidos indesejáveis, a saber, por exemplo, os eternos presidentes de câmara viciados em esquemas de nepotismo, o dirigente público que se protege atrás da secretária e não despacha o doc do “tal” fulano, o outro que despacha em prejuízo do funcionário sem pensar duas vezes a faz o estado perder milhares no tribunal, o chefe da empresa pública que se orgulha de um harém de preferidas ao lado de um bom numero de “prateleirados”, inconformados e perseguidos”, o deputado convencido que é o dono da verdade e dos destinos do povo, que em vez de gabinete tem um santuário, o putativo politico que critica os actos do adversário, mas faz pior, o ex chefe que entrecruza com um ex-funcionário com quem tem contas pendentes para resolver.
Enfim, um montão de filhos da mãe, que pelas suas mãos cultivam, como é natural, um numero razoável de inimigos, que um lote enorme de elementos perniciosos para a sociedade de gente de bem. Ao longo da vida profissional, entre os chefes e os subalternos, vão–se acumulando mal estares, injustiças, rancores, cobranças pendentes; certamente que há boa gente que não tem nada a reclamar, que se adapta na perfeição, às eventuais chantagens e desmandos dos chefes, menos iluminados. Há gente que não esquece, e faz questão de deixar saber isso a todo o pelotão. Resultado: “bu dan um dau . Boa estratégia? Não estou seguro. Isto não é novo, certamente .
Possivelmente uma das causas deste mal, poderá estar na impunidade conveniente e os “sistemas” presenteiam os seus fies colaboradores. Cobrar e bem, é uma operação complicada; mas cobrar pra quê? Quais são os benefícios? Mas deixar passar porquê? Matar um f. d. p., e criar espaço para um aprendiz ? Denunciar, exige Know how, recursos, muita tenacidade, determinação e disponibilidade para pagar uma fatura ,, “ along the way”!.
Aqueles que são vítimas de desmandos vinganças antigas dos criminosos de colarinho branco, e não são poucos, tem algumas particularidades comuns: ou reagem a quente, causando danos aos que os rodeiam (…” erro no alvo”), e não no visado, ou começam um paciente processo de aprendizagem na arte da retalhação e assim o processo ao invés de morrer, recrudesce, e o testemunho passa de pai para filho sem muito esforço.
Aí é que reside o perigo; “ambos os três actores “, o Bandido, quem o denuncia, quem recebe o bastão para o respectivo “follow-up”. Esta trilogia causa um elevado dano à sociedade; inicia-se então uma guerra que decorre nos bastidores e pode durar mais de que uma geração! sobrevive a vingança, que é servida fria; esta é a parte mais perniciosa para a sociedade: a vontade de vingar! ora, os que despoleta estes processos são na realidade seres com um grande defeito de fabrico, peças defeituosas e malformadas, porquanto corrosivas para a engrenagem social que se quer saudável e funcional; o gestor ou gestores da máquina ( que somos todos nós ), não podem descurar esta realidade; enfrentar prevaricadores de colarinho branco, faz parte do status quo!! é parte do “stablisment” não é tarefa fácil, todo o mundo sabe; cutucar, onças com pau curto é demasiadamente perigoso; estes, vão espalhando a desgraça aqui e além protegidos pelos “sistemas” , quer da situação , quer da oposição .
Estando na esfera das influências privilegiadas, os visados por via de regra, são pagos para liquidar “o” toupeira; toupeiras não servem a ninguém; hoje está do meu lado, e no dia que ele se levantar com o rabo sujo , livra! não vai o diabo tecê-las ! e aí vai-se traficando a qualidade de vida dos cidadãos, sérios e valentes; às vezes este armam –se em “Dons Quixotes ” : .. .mato já ! estas figuras e personagens que se “atrevem a mexer com o sistema”, passam a fazer parte de um lote de alvos a abater. Por quem… não interessa.
O desígnio, de pôr o “toupeira” a comer nas minhas mãos, transforma-se numa obsessão, minando todo o trajecto em direcção à luz; a luz que está lá, que nos ilumina que não tem voz, mas tem autoridade. É uma questão QUE TEM TUDO A VER COM A EVOLUÇÃO E O APERFEIÇOAMENTO DO SER HUMANO, ENQUANTO SER SOCIAL.
Juízos e pensamentos incómodos: O legado dos indesejáveis, e o destino dos “toupeiras”
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