A Feira Internacional de Cabo Verde arrancou ontem, no Mindelo, com grande movimentação de empresários e visitantes profissionais, elevando as expectativas dos expositores, nacionais e internacionais. Uma oportunidade singular para fazer negócios, conhecer parceiros e desenvolver estratégias cooperativas. Para alguns pela primeira vez, enquanto outros são assíduos ao longo dos anos. A FIC constitui-se assim como uma rede de oportunidades que vem se alargando de ano para ano.
A empresa de eletricidade, Geonext, chega de Portugal para a sua segunda participação na FIC, com o objetivo de alargar o volume de vendas já existente em Cabo Verde, sobretudo na Cidade da Praia, com um mercado maior. “Esta edição é uma oportunidade para alargar o volume de vendas em São Vicente, onde temos crescido lentamente e penso que, com as obras anunciadas, o mercado vai aumentar um pouco mais”, declara o representante da empresa, Victor Veiga.
A Geonext traz para a FIC uma gama de equipamentos eléctricos, nomeadamente em LED, e que se destacam pela inovação, que aliás, para Victor Veiga, o mercado cabo-verdiano está bastante aberto a absorver. Para os que chegam a FIC pela primeira vez, trata-se de uma oportunidade para desenvolver novas parcerias. Samuel Santos apresenta a sua empresa de arquitetura e design de interiores, a Arq&Art, com actuação a nível nacional e com projectos em quase todas as ilhas do país.
“Esperamos conseguir apresentar o nosso trabalho ao público e aprender com toda esta dinâmica criada aqui durante estes quatro dias.” Além de dar a conhecer o trabalho desenvolvido, esta feira apresenta vários outros sectores importantes e que merecem a atenção deste jovem, como a possibilidade de novas parcerias de negócio, já que, como diz, no mundo empresarial, o conceito de Djunta Mom é fundamental para, juntos, desenvolver Cabo Verde.
Com nove anos no mercado, a Arq&Art tem forte aposta na ação social, oferecendo projectos de arquitetura a pessoas com construções clandestinas e, muitas vezes, precárias. São projectos de estabilidade, tendo em conta as suas possibilidades de execução, mas que também vão proporcionar, segundo Samuel, o conforto que todos, enquanto seres humanos, “merecemos”.
Para empresas que ainda não colocaram os seus produtos e serviços no mercado de Cabo Verde, a FIC configura-se uma porta privilegiada para dar os primeiros passos.
Nuno Dias, sócio gerente da Ibérica Frio, sediada no Algarve, Portugal, chega à FIC pela primeira vez. Já num primeiro momento, diz ter identificado potenciais parceiros de negócios, pelo que as expectativas são as melhores. A empresa dedica-se à venda, montagem e reparação de equipamentos hoteleiros e Nuno mostra-se impressionado com o número de pessoas que já demostraram interesse no seu ramo de negócio.
“A participação na feira está a fazer com que tenhamos uma ideia do que realmente é Cabo Verde e o seu mercado, bem como o interesse que as pessoas têm por este tipo de equipamentos” declara. A FIC decorre até o dia 16 de novembro, sábado, na Laginha. Esta é a última edição nestas instalações, que vão agora dar lugar a um empreendimento hoteleiro, passando a FIC para uma nova infraestrutura no Lazareto.
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FIC: expositores de olhos postos em novos negócios
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