Os produtores de queijo no Concelho do Porto Novo, em Santo Antão, conseguiram evitar que houvesse, nos últimos anos, a ruptura do queijo no mercado, apesar da seca severa que fustiga este Concelho, desde 2017.
A própria Fábrica de Queijo, mesmo diminuindo a produção em certos períodos, conseguiu sempre colocar o queijo no mercado nacional, porque os criadores conseguiram sempre, “com maior ou menor dificuldade”, fornecer a matéria-prima (leite) a essa Unidade.
A seca fez com que muitos criadores tenham, nesses anos, desfeito de uma parte do seu efectivo, mas, mesmo assim, nunca deixaram de produzir o queijo, segundo Romeu Rodrigues, representante dos criadores de gado.
Estima-se que, pelo menos, cinco mil queijos “made in” Porto Novo chegam, todos os meses, ao mercado nacional (Santo Antão, São Vicente, Sal e Santiago) produzidos pela Fábrica de Queijo e pelos próprios produtores.
Os criadores porto-novenses têm estado a beneficiar do Programa de Salvamento do Gado, financiado pelo Governo, através do qual conseguem uma bonificação de 20 por cento por cada saco de ração comprado.
Porto Novo dispõe de um dos maiores efectivos pecuários do arquipélago, que ultrapassam as 23 mil cabeças de gado, na sua grande maioria caprinos, que se concentram, sobretudo, no Planalto Norte e nos arredores da Cidade do Porto Novo.
A qualidade do queijo produzido no Porto Novo, designadamente, no Planalto Norte, é reconhecida internacionalmente, tendo sido o produto já galardoado com a medalha “Slow Cheese Award”, pela Fundação Slow Food, com sede na Itália.
Com Inforpress