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Política

São Vicente: Assembleia Municipal aprova orçamento para 2020 apenas com votos do MPD

A Assembleia Municipal de São Vicente aprovou, na sexta-feira (11),  o orçamento e o plano de actividades para 2020 com 11 votos a favor do MpD (governo) que diz ser “exequível”, UCID e PAICV (oposição) reclamam a quebra no valor.

Os documentos de gestão camarária foram assim aprovados na sessão realizada entre quinta-feira e hoje, com 11 votos a favor do Movimento para Democracia (MpD) e sete contra do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID).

O representante do MpD, Flávio Lima, considerou que ser um orçamento exequível para “manter e consolidar” os programas da câmara municipal.

“Nós temos que relembrar que 2020 será um ano atípico, de eleições autárquicas, em que seis meses antes a câmara vai estar em gestão corrente, quer dizer que não é um ano para muitas aventuras e de recorrer a grandes projectos, mas sim para finalizar os projectos”, disse, adiantando que a diminuição, de 1 milhão e 150 contos em 2019 para 946 mil contos em 2020, não vai impedir a edilidade de fazer o seu trabalho.

Por isso, segundo a mesma fonte, o partido não teve problemas em aprovar o orçamento, até porque, criticou, não há articulação nos argumentos da oposição que dissera antes que o orçamento de 2019 estava “inflacionado”.

A oposição, no caso o PAICV, acredita, por seu lado, não haver concordância quando a “câmara faz um discurso de optimismo, de que as coisas estão a melhorar, mas apresenta um orçamento que regride em relação aos valores do ano passado, dando a impressão de que as não estão tão bem”.

O líder da bancada, Baltazar Ramos, apontou como indícios a “redução significativa” na cobrança de impostos, de cerca de 29,4 por cento (%), o que quer dizer que “a actividade económica municipal está a ter retracção”, lançou, apontando ainda a “queda drástica” nos investimentos.

Este eleito municipal fez comparação com anos anteriores, em que a realização ficou em 70%, perspectivando sendo assim a realização do próximo ano deverá ficar pelos 700 mil contos.

“Isso quer dizer que São Vicente está a operar baixo das suas potencialidades”, defendeu Baltazar Ramos, para quem a “câmara não coloca perspectivas neste orçamento e, portanto, as coisas não vão melhorar”.

A UCID vê de “forma negativa” a quebra em cerca de 1.600 contos, uma vez que “São Vicente precisa de muito mais”.

Segundo a líder da bancada, Isidora Rodrigues, a edilidade deveria fazer um “orçamento mais robusto” para colmatar a situação da seca, que tem trazido para São Vicente muita gente de São Nicolau e Santo Antão a procura de uma “vida melhor”.

Entretanto, conforme o presidente da câmara, Augusto Neves, se tentou fazer um orçamento que conjugasse com o ano 2020, um “ano especial”, de eleições e com seis meses de gestão corrente.

“Então fizemos um orçamento contido, respeitando todas as forças políticas, respeitando a população, porque será um ano fundamentalmente de concretização de tudo aquilo que foi o projecto do mandato”, asseverou.

É um documento “muito bom” e que reflecte todas as áreas e a todos os níveis, focado fundamentalmente na “qualidade de vida das pessoas”, garantiu Augusto Neves, indicando áreas prioritárias, entre as quais, reabilitação de habitações com o Programa “Isdob compô bo casa” (ajudar-te a melhorar a tua casa, em português), requalificações urbanas e aspectos culturais.

Fonte: Inforpress

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