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Portugal: Costa assegura que PS não vai assinar acordos escritos de Legislatura

O secretário-geral (SG) do PS (Partido Socialista) afirmou, esta sexta-feira, 11, que não fará qualquer acordo escrito de Legislatura com outras forças parlamentares, mas frisou que a metodologia de trabalho adoptada na anterior Legislatura vai manter-se com os parceiros.

Esta posição foi transmitida à Agência Lusa, por vários dirigentes socialistas, que ouviram a intervenção de fundo de António Costa na Reunião da noite de quinta-feira, da Comissão Política Nacional (CPN) do PS, em Lisboa.

Nessa intervenção, António Costa disse que, desta vez, não se repetirá a assinatura de declarações-conjuntas do PS com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, tal como em 2015, mas salientou, logo a seguir, que a metodologia de trabalho adoptada na anterior Legislatura se manterá, sendo, agora, alargada ao PAN e Livre.

O Comunicado Final da Reunião da CPN do PS traduz esta ideia do líder Socialista, não referindo qualquer compromisso escrito de início de Legislatura, numa alusão aos resultados da ronda de conversações que António Costa teve com o Bloco de Esquerda, PCP, PEV, Livre e PAN na quarta-feira.

“Resultou ainda dos contactos que, à semelhança da legislatura agora finda, será prosseguida uma metodologia idêntica de apreciação prévia das propostas de orçamentos do Estado e de outras relevantes para a estabilidade governativa”, refere-se no Comunicado.

Fonte Socialista adiantou à Lusa que, se o PS fizesse um acordo escrito de Legislatura apenas com o Bloco de Esquerda, estaria, agora, a hierarquizar parceiros na nova solução política, o que dentro do PS se considera indesejável.

Por outro lado, na sua intervenção, António Costa, para desdramatizar a ausência de qualquer acordo escrito, afirmou que o teor das anteriores declarações-conjuntas com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV se esgotou há dois anos, a meio da Legislatura.

O importante, segundo o secretário-geral do PS, é que o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, assim como o Livre e o PAN, estão disponíveis para “análise-conjunta prévia de orçamentos do Estado” e de outros documentos relevantes do ponto de vista político, assim como também não votam moções de rejeição ou de censura vindas de forças da direita.

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