O regresso de Zé Luís à selecção nacional de futebol esteve assente, essencialmente, no projecto que lhe foi apresentado pela direcção da Federação Cabo-verdiana de Futebol e na aproximação geográfica entre Portugal e Cabo Verde.
A informação é avançada pelo site desportivo português, O JOGO, que diz ainda que um dos motivos que levou o ponta-de-lança foguense a retirar-se da selecção nacional há dois anos foi a distância entre Cabo Verde e Rússia.
Em cada ida à seleção, Zé Luís perdia praticamente um dia de viagem para África e outro no regresso, o que comprometia, de certa forma, o seu rendimento no Spartak de Moscovo.
Com 26 anos, o goleador acreditava que tinha de estar em pleno no seu clube para que coisas boas surgissem e isso pesou, em muito, na opção tomada. Também o facto de Cabo Verde não passar por um momento muito bom e estar afastado do Mundial”2018 ajudou à decisão. Faltava um projecto mais sólido para o convencer.
Entretanto, as coisas mudaram bastante. Zé Luís joga no FC Porto e tem voos praticamente diários para Cabo Verde sem “perder” mais do que quatro a cinco horas de viagem. Além disso, tem a carreira muito mais consolidada e não coloca em risco o rendimento no FC Porto, pelo que aceitou o repto.
Dirigentes da Federação de Cabo Verde deslocaram-se ao Porto para lhe apresentar o projecto actual e Zé Luís ficou ainda entusiasmado por saber que contam com ele não só para liderar o ataque da equipa, mas também para ajudar a integrar e a fazer crescer uma série de jovens valores que estão a aparecer, alguns até em estreia. Conhecedor profundo da realidade do futebol de Cabo Verde, o jogador acredita que pode ajudar as novas gerações e que o início de um novo ciclo de apuramentos, para a CAN”2021 e para o Mundial”2022, é a altura certa para voltar.
Em todo o caso, Zé Luís deixou bem claro que não quer prejudicar o FC Porto e nem vai deixar que isso aconteça. O mais provável é até que só seja convocado para jogos oficiais de Cabo Verde ou para particulares que se realizem na Europa, como estes dois (Togo e Benim) que agora se jogam em França. Aliás, como acontece até com outros jogadores africanos