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Economia

Falência Thomas Cook: quase 15.000 turistas repatriados para o Reino Unido

Quase 15.000 turistas clientes do operador turístico britânico Thomas Cook, que anunciou falência na segunda-feira, 23, já foram repatriados para o Reino Unido, informou a Autoridade de Aviação Civil do país.
Conforme avança a Lusa,   AAC do Reino Unido anunciou que conseguiu transportar em 64 voos para o Reino Unido 14.700 turistas dos 150.000 que se estima estarem fora do país .
Já ontem as autoridades britânicas esperavam repatriar 16.800 pessoas em 74 voos, devendo o processo continuar nos próximos dias e até 06 de outubro.
Conforme a mesma fonte, a porta-voz da Autoridade de Aviação Civil britânica, Dairdre Hutton, disse à BBC que a operação de repatriamento, considerada a mais importante desde a Segunda Guerra Mundial, teve um bom começo.
O objetivo, dizem, é permitir que as pessoas em férias completem o seu descanso e sejam levadas para o Reino Unido na mesma data prevista para o seu regresso nas suas reservas.
“É uma operação de duas semanas, principalmente porque as pessoas saíram para férias de duas semanas, por isso queremos que todos aproveitem as suas férias”.
Entretanto, as autoridades estão a avaliar a conduta dos executivos da empresa como parte da investigação sobre a falência do operador turístico, com 178 anos de história.
Recorde-se que depois do anúncio de falência da Thomas Cook, 105 aviões ficaram em terra e 600.000 pessoas ficaram retidas em 51 destinos turísticos de 17 países. – das quais 150.000 são do Reino Unido.
A falência de Thomas Cook também afeta os seus 22.000 funcionários, 9.000 dos quais no Reino Unido.
A situação financeira da empresa afetou clientes que gozam pacotes de férias organizados pela operadora de viagens e que não conseguiram sair dos hotéis e ‘resorts’ sem antes pagar a estada, apesar de já terem feito o pagamento à Thomas Cook.
A empresa tinha previsto assinar esta semana um pacote de resgate com o seu maior acionista, o grupo chinês Fosun, estimado em 900 milhões de libras (1.023 milhões de euros), mas tal foi adiado pela exigência dos bancos de que o grupo tivesse novas reservas para o inverno.
As dificuldades financeiras da empresa acumularam-se no ano passado, mas em agosto foram anunciadas negociações com o grupo chinês Fosun, que detém múltiplos ativos a nível mundial, nos setores de saúde, bem-estar, turismo (como o Clube Med), financeiro e até futebol (o clube inglês Wolverhampton Wanderers, treinado pelo português Nuno Espírito Santo).
Cabo Verde não está na lista dos países onde há turistas a serem evacuados, soube o A NAÇÃO, que teve acesso à lista.
C/ Lusa
 

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