O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), relativo ao sarampo, divulgado no passado dia 12 de Agosto, indica que foram notificados 364.808 casos, de Janeiro a Julho, em 181 países.
O documento alerta que este é o pior surto global da doença desde 2006, sendo que o número é quase três vezes maior do que o verificado em 2018.
Os mais afectados têm sido as crianças mais velhas, jovens e adultos que perderam a vacinação no passado, quer em países com baixa cobertura vacinal ou em países com altas taxas de vacinação nacional.
África é o continente com maior aumento de casos, sendo que os números foram 10 vezes maiores, correspondendo a 900%. Os piores surtos foram registrados em Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão e Tailândia.
Na Europa, o número de casos foi mais do que o dobro e corresponde a um aumento de 120%. Já na Região do Mediterrâneo Oriental houve um aumento de 1,5, o que corresponde a 50%; e, na Região do Pacífico Ocidental, verificou-se um aumento de três vezes que corresponde a 230%. A mesma fonte diz que apenas o sudeste da Ásia e a região das Américas tiveram uma redução da ordem de 15% nos episódios de 2018 para 2019.
Causas
A falta de acesso a serviços de saúde ou vacinação de qualidade, conflitos armados, deslocamentos, e a desinformação sobre vacinas ou baixa conscientização sobre a necessidade de vacinar, são algumas das razões apontadas pela OMS, pelos quais as pessoas de determinados países ou comunidades não são vacinadas.
E, para controlar a situação, a OMS diz que está a trabalhar junto dos governos e parceiros através da iniciativa contra o Sarampo e Rubéola, ajudando estes países a interromper surtos, fortalecer os serviços de saúde e aumentar a cobertura vacinal essencial.
Neste sentido, a OMS apela a todos que garantam que suas vacinas contra o sarampo estejam actualizadas, com duas doses necessárias para protegerem da doença. E a todos os indivíduos a partir dos seis meses que pretendem viajar para os países onde esta doença já circula, devem vacinar-se pelo menos 15 dias antes da viagem.
RM
(Publicado no A Nação impresso, nº 627, de 05 de Setembro de 2019)
África é o continente com maior aumento de casos, sendo que os números foram 10 vezes maiores, correspondendo a 900%. Os piores surtos foram registrados em Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão e Tailândia.
Na Europa, o número de casos foi mais do que o dobro e corresponde a um aumento de 120%. Já na Região do Mediterrâneo Oriental houve um aumento de 1,5, o que corresponde a 50%; e, na Região do Pacífico Ocidental, verificou-se um aumento de três vezes que corresponde a 230%. A mesma fonte diz que apenas o sudeste da Ásia e a região das Américas tiveram uma redução da ordem de 15% nos episódios de 2018 para 2019.
Causas
A falta de acesso a serviços de saúde ou vacinação de qualidade, conflitos armados, deslocamentos, e a desinformação sobre vacinas ou baixa conscientização sobre a necessidade de vacinar, são algumas das razões apontadas pela OMS, pelos quais as pessoas de determinados países ou comunidades não são vacinadas.
E, para controlar a situação, a OMS diz que está a trabalhar junto dos governos e parceiros através da iniciativa contra o Sarampo e Rubéola, ajudando estes países a interromper surtos, fortalecer os serviços de saúde e aumentar a cobertura vacinal essencial.
Neste sentido, a OMS apela a todos que garantam que suas vacinas contra o sarampo estejam actualizadas, com duas doses necessárias para protegerem da doença. E a todos os indivíduos a partir dos seis meses que pretendem viajar para os países onde esta doença já circula, devem vacinar-se pelo menos 15 dias antes da viagem.
RM
(Publicado no A Nação impresso, nº 627, de 05 de Setembro de 2019)