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Sociedade

Professor Bernardo Motta: “A maior parte das Fake News não é feita por jornalistas”

Directamente dos Estados Unidos de América, o jornalista e professor universitário Bernardo Motta, é um dos conferencistas a intervir no primeiro painel da Conferência  o “Papel dos media na democracia”, um evento a ser organizado pela Associação dos Media Privados de Cabo Verde (AMPCV) esta sexta-feira, 12, na Assembleia Nacional.  
Após uma visita realizada ao Grupo Alfa Comunicação, do qual faz parte o jornal A NAÇÃO, na tarde de quarta-feira passada, 10, o conferencista, natural do Brasil, adiantou a este online que irá falar das questões ligadas à história da Democracia e da Liberdade de Imprensa, sem esquecer a relação com a comunidade.
“A minha apresentação fala da parte histórica sobre a comunidade, a liberdade de imprensa, a democracia, tomando como exemplo a democracia americana”, informou.
Além do “cheirinho” daquilo que será a sua apresentação esta sexta-feira, 12, o jornalista e professor da Universidade do Sul da Flórida, doutorado em Comunicação e Informação pela Universidade do Tennessee, Knoxville, dos EUA, abordou alguns assuntos relevantes no campo jornalístico, como as novas tendências a nível mundial e o “Fake News”.
“As tendências do jornalismo mundial hoje em dia são bem variadas, com várias iniciativas diferentes, vários modelos de business interessantes. No entanto, nota-se ainda falhas do jornalismo comercial muito focado na publicidade. As empresas e os jornalistas deviam sem mais independentes com outros modelos de subscrição”.
Relativamente ao Fake News Bernardo Motta diz que para combater esta prática a primeira coisa a fazer é investir na educação tanto jornalística como social sobre o papel da média.
“A maior parte dos Fake News não são feitos por jornalistas e muitas pessoas acham que são. Daí a necessidade de ensinar o povo sobre a diferença entre uma matéria pesquisada, com fontes verificadas e uma matéria inventada”, defende.
Esta é a primeira Vez que Bernardo vem a Cabo Verde. No entanto, deixou a sua percepção desde que há dois meses vem acompanhado “com muita atenção” após receber o convite para participar deste evento.
“Acho que os médias de Cabo Verde têm boa potencialidade. A forma de noticiar, de reportar e contar histórias de interesse público do jornalismo cabo-verdiano são parecidas com a nossa”, conta.
Tendo em conta o tema principal da conferência, que arranca a partir das 9H00 desta sexta-feira, 12 Bernardo Motta defende que o papel principal dos medias na democracia traduz-se na “educação pública” ensinando as pessoas como funciona o Governo, as suas decisões, entre outras questões, sem esquecer do papel histórico e cultural dos mesmos contando histórias do povo e da sua cultura.
De realçar que além do “Papel dos médias para a democracia” a conferência que acontece no âmbito da tomada de posse dos órgãos sociais da AMPCV debruçará sobre outros dois temas os “Direitos de autor de conteúdos dos media” e “A sustentabilidade dos medias privados”.
RM

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